Investing.com — A Apple (BVMF:AAPL34) (NASDAQ:AAPL) está menos exposta a riscos decorrentes de tarifas comerciais mais altas durante a presidência de Donald Trump, disseram analistas da Bernstein, embora o aumento nas tarifas ainda gere pressão sobre as margens de empresas de eletrônicos dos EUA.
A Bernstein estima que, mesmo que as empresas de hardware de TI dos EUA elevem os preços em 20% para compensar as tarifas, os lucros líquidos seriam bastante afetados, principalmente para aquelas com margens brutas menores. Dell Technologies (BVMF:D1EL34) (NYSE:DELL) e HP Inc. (NYSE:HPQ) parecem ser as mais vulneráveis, enquanto a IBM (BVMF:IBMB34) (NYSE:IBM) provavelmente enfrentaria menos impacto.
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Os analistas da Bernstein avaliam que a Apple está em uma posição mais resiliente do que o consenso sugere, com suas altas margens absorvendo o efeito das tarifas, mesmo com sua grande exposição à cadeia de suprimentos tecnológica, especialmente na China. A empresa deve ter uma redução de 7% no lucro por ação.
Trump, que já conquistou os votos suficientes para voltar à Casa Branca, propôs tarifas comerciais elevadas para bens importados, independentemente do país de origem.
Para a China, Trump propôs uma tarifa de 60% sobre todos os bens e até 200% para produtos do México. Embora Trump não precise de aprovação do Congresso para impor essas tarifas, os republicanos são projetados para conquistar a maioria tanto no Senado quanto na Câmara dos Representantes.
A Bernstein acredita que as empresas de tecnologia dos EUA devem responder ao aumento das tarifas com elevações de preços, embora o impacto final nas margens dependa da magnitude desses aumentos e da elasticidade da demanda.
A Bernstein classifica a Apple e a Dell como “outperform” (acima da média), e HP e IBM como "Market-Perform" (na média).
A corretora observou que as empresas dos EUA enfrentam riscos adicionais, caso a China adote tarifas retaliatórias.