Atividade mundial fraca instiga ajuste do Ibovespa após alta de 3,27% em julho

Publicado 01.08.2023, 08:06
Atualizado 01.08.2023, 11:10
© Reuters Atividade mundial fraca instiga ajuste do Ibovespa após alta de 3,27% em julho

O ambiente externo negativo contamina o Ibovespa no primeiro pregão de agosto, estimulando correção após a alta de 3,27% em julho. Índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) industriais da China e de parte da Europa relativos a julho vieram fracos. Nos EUA, o indicador subiu a 49, como o esperado. Os resultados elevam os temores com a desaceleração da economia global, dado que todos ficaram abaixo de 50, sugerindo contração da atividade.

Com isso, tendem a crescer as expectativas para que o governo chinês anuncie novas medidas de estímulo à economia. Ainda assim e mesmo com a alta de 0,96% do minério de ferro em Dalian, na China, as ações da Vale (BVMF:VALE3) cedem. Às 10h52 desta terça-feira, 1, caíam 0,91%, depois do avanço na véspera.

O Ibovespa, por sua vez, recuava 0,32%, aos 121.547,94 pontos, depois de cair 1,21%, na mínima aos 120.462,44 pontos. As bolsas europeias e americanas caem.

"É mais uma correção técnica, à espera de novos resultados trimestrais de empresas. É preciso levar em consideração as últimas altas. O mercado ainda está no aguardo do Copom. O anúncio de queda da Selic é esperado, mas o mercado se divide quanto à magnitude do corte", analisa Lucas Martins, especialista da Blue3 Investimentos.

Segundo Martins, no geral, os resultados trimestrais estão vindo bons e a iminência de Selic tendem a reforçar um quadro otimista para a Bolsa. "Os resultados estão sendo positivos e há outros fatores que podem ajudar o Ibovespa a ter um bom desempenho à frente", diz o especialista da Blue3. Em Brasília, os deputados retomam os trabalhos após o recesso. Mais cedo, foi divulgada a produção industrial, que subiu 0,1% em junho, ficando acima da mediana das estimativas, -0,1%. No confronto interanual, cresceu 0,3%, também superior à mediana, de -0,1%.

Após os dados, os juros futuros reagiram em alta, depois de caíram na segunda, bem como o dólar, que subia para perto de R$ 4,80. Na véspera, a curva futura indicava 70% de chance de corte de 0,50 ponto porcentual da Selic atualmente em 13,75% ao ano, nesta quarta, 2, e 30% de possibilidade de redução de 0,25 ponto. O otimismo com a economia brasileira e as commodities levaram o Ibovespa a fechar em alta de 1,46%, aos 121.942,98 pontos.

Apesar de o ambiente externo cauteloso favorecer ajustes no Brasil, o movimento interno não é expressivo, dado o ambiente mais positivo por aqui, observa o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria. Isso, explica em nota, deve-se à iminência do início do corte dos juros e a expectativa pela retomada de importantes pautas econômicas a partir de hoje, com a volta dos trabalhos no Congresso. "Nesse sentido, destaque para a apreciação pela Câmara do texto do arcabouço fiscal alterado no Senado."

Na seara corporativa, as ações da Sabesp (BVMF:SBSP3) devem ficar no radar, bem como daquelas empresas que divulgaram balanços.

Sobre a companhia de saneamento, o governo de São Paulo anunciou nesta segunda o formato que vai adotar para a privatização da companhia. O modelo terá um mecanismo para evitar uma grande pulverização do capital e, assim, diminuir o que ficou conhecido no mercado como "risco Eletrobras (BVMF:ELET3)". As ações da Sabesp caíam 3,51% perto de 11h.

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