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Aumento de preço pedido pela Petrobras atrasa venda de refinarias, dizem fontes

Publicado 14.12.2021, 16:20
© Reuters. A logomarca da estatal Petrobras é vista em um tanque da Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, Rio Grande do Sul
07/12/2021
REUTERS/Diego Vara

Por Tatiana Bautzer e Rodrigo Viga Gaier e Carolina Mandl

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) aumentou o preço pedido por pelo menos uma das refinarias no meio do processo de venda, frustrando alguns compradores e atrasando a prometida quebra de monopólio no refino, segundo quatro fontes com conhecimento do assunto.

Compradores se frustraram com o que descrevem como mudanças de última hora no processo de venda tocado pela Petrobras, segundo as fontes, que pediram anonimato para descrever as interações com a maior estatal brasileira.

A Petrobras, que controlava quase 100% do refino no Brasil, comprometeu-se a reduzir sua capacidade em 50%, vendendo oito de suas 13 refinarias, após um acordo em junho de 2019 com o órgão antitruste Cade para introduzir concorrência no preço dos combustíveis. Mas até agora a empresa vendeu apenas três, e uma diminuição nas pressões políticas para definir artificialmente os preços dos combustíveis parece remota.

Pedidos de preços mais altos e uma redução de interesse dos compradores, pressionados por investidores pedindo compromissos com metas de ESG, estão prejudicando a venda de duas grandes refinarias, Refap e Repar.

A Petrobras deve relançar o processo de venda da Refap e Repar, com capacidades produtivas para 201.280 barris por dia e 207.563 bpd, respectivamente, cerca de 17,8% do total do país, segundo a dados da reguladora ANP.

Em julho, o órgão de defesa da concorrência Cade estendeu o prazo para que a Petrobras venda suas oito refinarias para 31 de dezembro, mas a empresa já admitiu publicamente que o prazo não será cumprido.

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Em 30 de novembro, o CFO Rodrigo Araujo disse que dificilmente a Petrobras venderá a Repar e Refap antes das eleições presidenciais de 2022.

Em resposta a Reuters, a Petrobras afirmou que "segue plenamente comprometida com a venda de oito refinarias... em alinhamento ao compromisso firmado com o Cade para vender 50% de sua capacidade de refino".

A empresa disse que tentará novamente vender três refinarias que tiveram seus processos cancelados: a Refap, Repar e Rnest.

A empresa prossegue com a venda da Lubnor, refinaria no Nordeste que produz asfalto e lubrificantes (com capacidade de 8 mil bpd), e Regap, localizada em Minas Gerais, com 150 mil bpd, ou 7,1% capacidade de refino, segundo dados da ANP.

FIM DAS NEGOCIAÇÕES

O conglomerado Ultrapar (SA:UGPA3) Participações estava em negociações com a Petrobras desde janeiro para comprar a gaúcha Refap, que responde por 7,7% da capacidade de refino.

Mas em setembro a Petrobras decidiu exigir um preço mais alto, segundo duas fontes com conhecimento do assunto.

Representantes da Ultrapar, que acreditavam já ter acertado o valor e estar na fase de negociação de contrato, rejeitaram a exigência e deixaram a mesa de negociações.

A Petrobras anunciou o fracasso das negociações no dia 1 de outubro.

Desde o início das negociações, a Petrobras indicava que gostaria de um preço mais alto, mas prosseguia conversando. Petrobras e Ultrapar não comentaram o assunto.

Uma situação diferente aconteceu com a Repar, localizada no Paraná, que detém 10,1% da capacidade de refino brasileira. A Raízen, joint venture da Shell (NYSE:RDSa) e Cosan (SA:CSAN3), entregou uma oferta ligeiramente acima do preço mínimo inicial, mas a Petrobras pediu um preço maior.

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A Raízen rejeitou o pedido para aumentar o preço e a Petrobras anunciou em fevereiro que não havia obtido propostas satisfatórias. A Raízen não quis comentar.

"Não houve qualquer mudança de regra durante o andamento dos processos de venda", afirmou a Petrobras em comunicado enviado à Reuters.

Mas uma quinta fonte com conhecimento dos processos disse que "várias variáveis são avaliadas para definir o valor e isso é atualizado dentro da metodologia". Desde o lançamento da venda das refinarias, o preço do barril de petróleo Brent subiu cerca de 10 dólares para 73 dólares nesta terça-feira.

A Rnest, no estado de Pernambuco, não teve interessados.

A negociação para a venda da Regap também parece estar paralisada. A Petrobras pediu ofertas não vinculantes, que foram entregues em novembro de 2019.

Ao menos um interessado, o fundo de private equity EIG Global Energy Partners, entregou proposta, mas nas negociações não prosseguiram, segundo uma sexta fonte. O EIG não comentou o assunto.

LENTIDÃO

Até agora, a Petrobras vendeu três refinarias: Rlam, na Bahia, que detém capacidade de 330 mil bpd do país, para o Mubadala Investment Co por 1,8 bilhão de dólares.

Outras pequenas refinarias na região Norte também foram vendidas: a Reman (com 46 mil bpd) para o grupo brasileiro Atem, e a SIX (com 6 mil bpd) para a Forbes & Manhattan Resources.

Mas os ativos vendidos até agora são insuficientes para formar preços de combustível, afirmam as fontes.

Com a lentidão dos processos, a demanda pelas refinarias tende a diminuir, já que as empresas de energia estão sob pressão de investidores para reduzir a presença em combustíveis fósseis e cumprir metas ESG (sigla para responsabilidade social, ambiental e governança corporativa).

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Após o fracasso da venda, a Petrobras anunciou que investirá na refinaria Rnest, de 115 mil bpd, para aumentar sua capacidade.

Últimos comentários

Vendem am refinariam e depois pagarão o preço pelo refino,assim como venderam o grão da soja e importaram o óleo . Está pra nascer mais incompetente que esses aí !!!
Vendem "as refinarias "
Fosse o PT, venderiam pela metade e receberiam a outra metade via corrupção.Bolsonaro incompetente.
Todo mundo quer de graça... Dá-lhe rachadinha...kkk
É claro que tem que aumentar o preço de venda. A Rlam foi de graça. E ainda vai querer vender as outras a preço de banana. Quem quiser que construa a sua. Mas querem mamar nas tetas da Petrobras pagando pouco.
golpe tá aí kkk maior esquema. nao acabar com monopolio e continuar a vender a preços altos. visando lucro. devem ter aumentado 50% pra desistirem. futuro é eletrico. jaja acontece igual eike batista. nao ve deu hoje. vai querer amanha num futuro melhor. vai virar mixaria. so que no brasil vai demorar uns 5 a 10 anos a mais que outros paises desenvolvidos com frota 90% eletrico. aqui vamos estar em 5% eletricos
Bora PETR, é pra frente que se anda. Vender o que tem, vai ficar sem.o.patrimônio e logo sem.o dinheiro. Melhor é oferecer oportunidades para novos investimentos em refinarias. Expectativa boa! O pais consome 2,2 mbps, tem capacidade de extração de 4 MBod e capacidade de refino ate 2,1 MBod. Tá fácil a conta.
Todo cara que entra para dirigir a Petrobras fica Maravilhado com o Potencial da Empresa. Isto aconteceu em todos os Governos.
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