Investing.com - Em meio ao processo de recuperação judicial e com o leilão de seus slots marcados para o dia 10 de julho, a Avianca Brasil avalia a possibilidade de reaver na Justiça, por meio de uma liminar, as licenças de voos e decolagens perdidas, mantendo em operação até a data do certame. As informações são da edição desta terça-feira da Coluna do Broad, do Estadão.
A publicação informa que a ideia ganhou força com a decisão de ontem da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que suspendeu a concessão de operação da aérea e determinou a redistribuição dos slots em no aeroporto paulista de Congonhas.
É justamente no aeroporto da capital paulista que reside a principal disputa das outras três principais companhias que atuam no país: Azul (SA:AZUL4), Gol (SA:GOLL4) e Latam. Para a Avianca, sem slots não de se falar em leilão, já que estariam divididos entre as outras companhias e aumentariam as chances de a recuperação judicial ser convertida em falência.
De acordo com a coluna, a principal credora da Avianca, a gestora de fundos Elliot, é também a principal interessada para que o leilão aconteça normalmente no dia 10. Nos cálculos da Elliot, a aérea o leilão permitiria levantar cerca de US$ 200 milhões, sendo que pelo plano de recuperação aprovado já conseguiu levantar pelo menos US$ 70 milhões para garantir seu crédito.
A situação da companhia também tem trazido dor de cabeça para as agências de turismo, que estão lutando para derrubar o entendimento que são solidariamente responsáveis pelos voos cancelados pela Avianca. Como base para o argumento, está uma decisão de um juiz do Juizado Especial Cível do Rio Grande do Sul.