A Azul (BVMF:AZUL4) anunciou nesta 4ª feira (22.jan.2025) que irá encerrar a rota entre Natal (RN) e Fernando de Noronha (PE) a partir de 3 de março. A companhia aérea alega que a decisão faz parte de “um processo normal de ajuste de capacidade à demanda”.
A partir desta data, todos os voos da empresa para a ilha pernambucana serão operados somente a partir de Recife (PE).
“Importante ressaltar que os clientes impactados serão reacomodados e receberão a assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil)”, disse a Azul.
O avião utilizado pela Azul é o ATR-72, com capacidade para 70 passageiros. O voo já deixou de constar entre os regulares na consulta de voos programados da Anac.
Em outubro de 2024, a Latam suspendeu os voos de São Paulo (SP) para Fernando de Noronha devido à falta de conclusão das obras de pavimentação da pista do Aeroporto Governador Carlos Wilson.
Neste caso, a interrupção ocorre devido à proibição de pouso de aeronaves de grande porte na ilha devido a fissuras e buracos na pista do aeroporto local. A decisão foi tomada em outubro de 2022 pela Anac.
Com isso, a ilha passa a receber voos diretos apenas de Recife e de Fortaleza (CE).
FUSÃO COM A GOL
Na última 4ª feira (15.jan), a Azul e a Abra, maior credora e principal investidora da Gol (BVMF:GOLL4), assinaram um memorando de entendimento para explorar a viabilidade de uma fusão entre as duas empresas.
Aqui está a frase reescrita na voz ativa:
Conforme os termos do acordo, caso concluam a fusão, as duas empresas manterão suas marcas e operações de forma independente.
Eis os fatos relevantes enviados à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) pela Azul (PDF – 100 kB) e pela Gol (PDF – 215 kB).
Segundo levantamento do Poder360, as companhias transportaram 57,4 milhões de passageiros para destinos brasileiros. Isso representa 61,4% do total.
Esse processo ainda depende de aprovação da Anac e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a fusão não deverá aumentar os preços das passagens aéreas, visto que ambas as empresas “já controlam” o mercado. Para ele, o pior cenário seria se elas “quebrassem”.
“Temos que esperar o Cade […] o que nós não vamos permitir é aumento tarifário e aumento de passagens. Estamos trabalhando para que essas companhias se fortaleçam, o Cade não vai permitir qualquer movimento errado, mas precisamos ainda entender essa função tecnicamente”, declarou.