A Biosev (SA:BSEV3), braço sucroenergético do Grupo Louis Dreyfus, registrou lucro líquido ex-IFRS16 de R$ 329,8 milhões no terceiro trimestre do ano-safra 2020/21, entre outubro e dezembro do ano passado. Em igual trimestre da safra anterior, a companhia havia registrado lucro líquido de R$ 22,679 milhões antes do IFRS16 e de R$ 2,857 milhões após os impactos da norma serem levados em conta.
Em nove meses de safra, a companhia acumula lucro líquido de R$ 453,9 milhões, depois do IFRS16, revertendo o prejuízo de R$ 470,372 milhões em igual período de 2018/2019. Antes do IFRS16, o lucro líquido acumulado da atual safra é de R$ 485,272 milhões, ante prejuízo de R$ 429,204 milhões um ano antes.
Em comunicado, a empresa diz que a melhora se deve principalmente ao "aumento do resultado operacional, influenciado pelo melhor desempenho operacional, da receita líquida e por maiores ganhos na liquidação e marcação de posições em derivativos, parcialmente compensados pela variação cambial".
A receita líquida da companhia (ex-HACC) no trimestre subiu 54,85% na mesma base de comparação, para R$ 2,202 bilhões, e avançou 82,88% em nove meses, a R$ 8,523 bilhões. "A variação em relação ao mesmo período da safra passada é decorrente principalmente da maior eficácia industrial na conversão de cana, da comercialização de maiores volumes no mercado externo e por maiores preços médios no mercado externo e da receita de performance de contratos de exportação associados a vencimentos de contratos de dívida em moeda estrangeira", diz a companhia em nota.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ex-revenda/HACC totalizou R$ 785,346 milhões no terceiro trimestre de 2020/21, alta de 139,89% sobre igual período da safra passada, e subiu 44,2% na comparação dos três primeiros trimestres de 2019/2020 e 2020/2021, para R$ 1,979 bilhão. De acordo com a empresa, a alta se deve ao avanço da receita e à melhora operacional.
A dívida líquida em 31 de dezembro do ano passado era de R$ 6,302 bilhões, 11,8% maior em comparação com a do terceiro trimestre de 2019/2020, de R$ 5,637 bilhões. O aumento se deve principalmente à valorização do dólar ante o real, já que a maior parte da dívida da companhia é na moeda norte-americana. A alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda da Biosev caiu de 3,05 vezes para 2,22 vezes em um ano, principalmente pelo crescimento do Ebitda.