🔥Ações selecionadas por IA com InvestingPro Agora com até 50% de descontoGARANTA JÁ SUA OFERTA

Bolívia busca investimentos em petróleo e gás e ajuda da Rússia para resolver crise energética

Publicado 04.07.2024, 08:28
Atualizado 04.07.2024, 08:30
© Reuters. Distribuidora de gás Transredes, da Bolívia
TTEF
-
REP
-
CL
-
PETR4
-

Por Lucinda Elliott

LA PAZ (Reuters) - A estatal de energia boliviana YPFB está procurando melhorar as condições de investimento no setor de petróleo e gás do país e buscando ajuda da Rússia para superar a recente escassez de combustível, disse o chefe da empresa à Reuters.

O país sul-americana está se recuperando de um golpe militar frustrado contra o governo na semana passada, que se originou, em parte, em uma crise econômica crescente ligada a anos de declínio na produção de petróleo e gás, que atingiu as reservas de moeda forte.

Em uma entrevista na Bolívia, poucos dias após a tentativa fracassada de golpe de 26 de junho, o presidente da YPFB, Armin Dorgathen, admitiu que os erros políticos dos últimos anos afastaram os investidores, prejudicando a produção. A produção de gás caiu pela metade em relação ao pico de uma década atrás, enquanto a produção de petróleo é a mais baixa desde a década de 1990.

"Estamos trabalhando para atrair financiamento de vários lados e também procurando parceiros", disse Dorgathen à Reuters. Ele citou problemas com pagamentos, legislação e regulamentação sob a liderança majoritariamente socialista do país nos últimos anos, o que dificultou a entrada de empresas privadas -- uma situação que a YPFB estava agora tentando mudar.

"O setor estava desanimado", disse ele. "Agora estamos trabalhando também com os parceiros que já temos aqui na Bolívia -- Repsol (BME:REP), TotalEnergies, Petrobras (BVMF:PETR4), para que investimentos adicionais possam ser feitos."

A queda na produção nacional de petróleo e gás tem sido o cerne dos recentes problemas econômicos e políticos da Bolívia. Outrora um importante exportador de gás para vizinhos como o Brasil, a queda na produção prejudicou a receita de exportação e deixou as reservas do banco central quase esgotadas.

Os protestos relacionados à falta de dólares e às longas filas nos postos de gasolina têm se tornado cada vez mais comuns, alimentando as tensões e levando a brigas internas no partido socialista MAS, no poder, entre o presidente Luis Arce e o ex-líder Evo Morales.

Dorgathen disse que, no curto prazo, o maior problema de energia é a escassez de gasolina, que colocou em evidência as importações caras. A Bolívia importa metade da gasolina necessária para atender à demanda doméstica, o que custa cerca de 800 milhões de dólares por ano.

Ele disse à Reuters que o país estava se voltando para compras mais diretas -- e de baixo custo -- de produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros por meio de sua nova estatal de trading de energia, a Botrading S.A.

© Reuters. Distribuidora de gás Transredes, da Bolívia

"Nosso objetivo por meio da Opep é ter acesso a combustível mais barato e melhorar os suprimentos", disse Dorgathen.

O governo também estava buscando ajuda da Rússia, que faz parte da Opep+, para facilitar o fornecimento de combustível. A Rússia foi atingida por sanções sobre as exportações de energia devido à invasão da Ucrânia em 2022. A russa Lukoil entregou 366.000 barris de diesel em 19 de junho para a YPFB a partir do porto de Vysotsk, no Mar Báltico.

(Reportagem de Lucinda Elliott e Daniel Ramos em La Paz)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.