Investing.com - O mercado começa a semana um pouco menos tenso com a ausência de novas ameaças entre EUA e Coreia do Norte no final de semana, com a intervenção direta dos presidentes da China, Xi Jinping, e da França, Emmanuel Macron, além da declaração russa de que não aceitará o país comunista como detentor de armas nucleares.
O Ibovespa Futuros avança 0,3% para 68.510 pontos e indica uma abertura com sequência da alta de sexta-feira. O Ibovespa fechou a semana passada a 67.358 pontos, ganhos de 0,55% no último pregão.
No Brasil, todas as atenções se voltam para o anúncio da meta fiscal para 2017 e 2018, além das medidas de corte de gastos, adiadas da semana passada para hoje. A aposta é de uma ampliação do déficit para R$ 159 bilhões, ante números de R$ 139 bilhões neste ano e R$ 129 bilhões no próximo.
O governo deverá anunciar medidas de corte de gastos no funcionalismo, com o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%, adiamento para 2019 dos reajustes previstos para o próximo ano e estabelecer um teto para o salário de entrada dos concursos.
Na Câmara, o governo acendeu o alerta amarelo para a aprovação da TLP, que substituirá a TJLP como referência para o BNDES, reduzindo, assim, os subsídios fornecidos pelo banco. A atenção maior veio após uma onda de boatos tomar forma na sexta-feira indicando que o governo desistiria da medida provisória, que vence no dia 6 de setembro. A leitura do texto deverá ocorrer amanhã.
Paralelamente, a PGR informou que encerrou as negociações de delação premiada com Eduardo Cunha, o que, em tese, ajudaria o governo dado o caráter explosivo do ex-deputado federal, que sempre teve posição central entre os peemedebistas da Câmara e ameaçava o núcleo mais próximo e o próprio Temer.
Na China, a produção industrial de julho veio com crescimento de 6,4%, abaixo das previsões de 7,2%. O investimento direto também foi mais fraco, com 8,3%, contra expectativas de 8,6%.
Commodities
O petróleo opera com leve queda nesta segunda-feira, com perdas de 0,4% no WTI para os US$ 48,60 o barril, enquanto o Brent cede 0,5% para US$ 51,85 o barril.
O minério de ferro afundou 4,6% nas negociações dos contratos futuros na bolsa de Dalian para 558 iuanes a tonelada. Para a entrega spot no porto de Qingdao, a commodity cedeu 0,6% para fechar a US$ 74,71 a tonelada.
Mundo corporativo
A Vale SA (SA:VALE5) informou que 84,4% dos seus acionistas concordaram em trocar suas ações preferenciais por ordinárias, garantindo o sucesso da maior reorganização corporativa do país, envolvendo US$ 21 bilhões. A companhia informou que o total de 1,661 bilhões de ações preferenciais --que incluem ações da empresa negociadas no Brasil e nos Estados Unidos-- foram entregues para conversão ou permuta.
A Azul (SA:AZUL4) registrou prejuízo líquido de R$ 33,9 milhões no segundo trimestre, inferior ao prejuízo de R$ 120 milhões no mesmo período de 2016, impactado pelo aumento de 19% da receita líquida. O resultado operacional medido pelo Ebit saltou para R$ 104,9 milhões, em melhor resultado para o segundo trimestre.
A B3 (SA:BVMF3) reportou nesta sexta-feira que teve lucro líquido de R$ 163,48 milhões no segundo trimestre, após ter aderido a programa de regularização tributária do governo (Pert), com desembolso de R$ 94,1 milhões em multas.
A Cemig (SA:CMIG4) reportou lucro líquido de R$ 138,11 milhões no segundo trimestre de 2017, baixa de 31,67% ante igual período do ano passado. O Ebitda aumentou 8,75% na mesma comparação, para R$ 739,64 milhões.
O Banrisul (SA:BRSR6 registrou lucro líquido de R$ 187,7 milhões, queda de 6,8% na comparação anual.
A JBS (SA:JBSS3) anunciou que divulgará seu balanço do segundo trimestre na segunda-feira (14/8), após o fechamento do mercado, mas sem revisão dos auditores independentes.