A bolsa indica abertura em leve alta com o clima positivo das bolsas internacionais e com novo impulso do minério de ferro, em dia de recuo no petróleo.
O Ibovespa futuros sobe 0,2% para 66.320 pontos. O Ibovespa fechou ontem o mês de julho com 65.920 pontos, alta de 0,6%, depois de superar ao longo do pregão os 66 mil pontos pela primeira vez desde a divulgação da delação dos executivos da J&F.
No radar dos investidores está o fim do recesso do Congresso e, junto com os parlamentares, a reta final das negociações sobre a votação da denúncia contra Michel Temer por corrupção, apresentada pelo procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ao STF.
O presidente segue na linha de frente das negociações e recebe hoje mais bateria de deputados ‘indecisos’, além de ministros e o governador do Tocantins, Marcelo Miranda. A maior aposta hoje é que Temer tenha entre 250 a 270 votos, suficiente para rejeitar a autorização para o prosseguimento da denúncia no STF.
Enquanto o governo batalha na área política, a econômica volta a fazer água com a ‘flexibilização’ do discurso de Henrique Meirelles sobre a meta fiscal. O ministro, que já foi firme diversas vezes ao falar da necessidade de cumprimento da meta, na última semana passou a adotar a elevação do déficit como uma possibilidade. Segundo o Broadcast, Meirelles decidirá sobre o aumento da meta até 31 de agosto.
Na ata da reunião do Copom, o Banco Central chegou a discutir se deveria sinalizar desaceleração no ritmo de cortes na taxa básica de juros no curto prazo, mas acabou optando por indicar a manutenção de nova redução em 1 p.p. em meio ao cenário de inflação bem comportada e pouco afetada pelos últimos desdobramentos políticos.
Na Europa, DAX, FTSE 100 e CAC 40 sobem 0,6% em um dia majoritariamente positivo no cenário internacional. Os futuros dos EUA operam com ganhos de 0,2% no S&P 500 e no Nasdaq, enquanto o Dow 30 avança 0,4%.
Commodities mistas
O PMI chinês de 51,1 pontos, acima dos 50,4 pontos projetados pelo mercado, embalou novo dia de ganhos dos contratos futuros de minério de ferro que subiram 2,4% na Bolsa de Dalian, encerrando o pregão a 547 iuanes a tonelada. Em Qingdao, contudo, a cotação para a entrega spot cedeu 0,2% para US$ 73,56 a tonelada.
O petróleo sinaliza um dia de realização após o rali recente que levou o WTI acima dos US$ 50 ontem. Nos EUA, o barril recua 0,8% para US$ 49,75, enquanto o Brent, em Londres, cede 1% para US$ 52,50.
Mundo corporativo
O Itaú Unibanco estabilizou o lucro no segundo trimestre, com menores despesas com provisões para inadimplência, que compensaram o impacto da continuada fraqueza nas operações de crédito. O maior banco privado do país informou nesta segunda-feira que seu lucro recorrente somou R$ 6,169 bilhões entre abril e junho, alta de 10,7% sobre um ano antes e recuo de 0,1% na comparação sequencial.
O grupo mexicano Lala está perto de comprar a companhia brasileira de produtos lácteos Vigor, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto nesta segunda-feira. A Lala ofereceu R$ 5,7 bilhões para os acionistas controladores da Vigor, os grupos J&F Investimentos e JBS (SA:JBSS3), afirmou a fonte.
O Suzano Papel e Celulose (SA:SUZB5) informou que seu conselho de administração aprovou nesta segunda-feira a migração da companhia para o Novo Mercado da B3, por meio da conversão das ações preferenciais da companhia em papéis ordinários. A conversão se dará na proporção de 1 para 1.
A mineradora Vale (SA:VALE5) afirmou que é "meramente especulativa" uma notícia publicada nesta semana de que a companhia iria comprar a fatia da Samarco que pertence à sua sócia na empresa, a BHP, segundo comunicado da companhia ao mercado nesta terça-feira.
A Petrobras (SA:PETR4) anunciou uma elevação de 0,7% nos preços do diesel e de 1,6% nos da gasolina em suas refinarias a partir de quarta-feira, 2 de agosto.
A Vila Velha S.A., acionista controladora da Unipar (SA:UNIP3) Carbocloro (SA:UNIP5), protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) intenção de revogar a oferta pública de aquisição de ações (OPA).