Investing.com - A bolsa opera com forte volatilidade nesta quarta-feira marcada pelo início da sessão no Senado que deverá afastar a presidente Dilma do cargo. Após abrir em alta de 1,7%, quase tocando nos 54 mil pontos, o Ibovespa virando para o negativo com a pressão de bancos e da Petrobras (SA:PETR4). Na sequência do pregão, os ativos viraram para o positivo e o índice avança 0,3% aos 53.260 pontos.
A Petrobras acompanhou a flutuação do petróleo no mercado internacional, que operava em queda com a retomada da produção do Canadá, reduzida pelo incêndio florestal. Com a divulgação dos dados em queda de estoques e da produção norte-americana, a commodity virou para alta de 3%, superando os US$ 46/b nos EUA, enquanto o Brent é negociado acima dos US$ 47/b. Mesmo rebaixada pela Fitch para “BB”, acompanhando a nota soberana, a companhia sobe 1,6% e é vendida a R$ 10,37.
A agência de crédito também reviu ontem os ratings da Cielo (SA:CIEL3), Localiza (SA:RENT3) e Comgás (SA:CGAS5), que foram reduzidos de BBB- para BB+, com perspectiva negativa. A Eletrobras (SA:ELET3) caiu de BB para BB-, também com perspectiva negativa. A Samarco foi classificada em CCC com dúvidas sobre a retomada de operações.
A Vale também opera entre negativo e o positivo acompanhando a flutuação do Ibovespa. A mineradora (SA:VALE5) sobe 0,9%, a R$ 13,24, após bater na mínima de R$ 12,82 (-2,4%). O minério de ferro avançou hoje 0,6% na China, negociado acima de US$ 55/t. A Bradespar (SA:BRAP4) avança 2%
As siderúrgicas também operam em alta no início dessa tarde com Usiminas (SA:USIM5) com ganhos de 3,9%, seguida por Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) (+2,6%), Gerdau (SA:GGBR4) (+2%) e CSN (SA:CSNA3) (+0,8%).
Os bancos operam sem direção definida nesta quarta-feira decisiva para a política do país. O jornal Valor Econômico garante a indicação de Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Central, que poderá se tornar independente. A BM&FBovespa (SA:BVMF3) sobe 1,5%, seguida por Itaú Unibanco (SA:ITUB4) com 0,4% e o Bradesco (SA:BBDC4) +1%. Em queda, o Itaúsa (SA:ITSA4) com -0,1% e o Banco do Brasil (SA:BBAS3), que cede 0,4%. O IFNC opera em alta de 0,5%.
Fora do índice, o BTG Pactual (SA:BBTG11) perde 0,7% mesmo após divulgar lucro de R$ 1,07 bilhão, acima das previsões do mercado de R$ 980 milhões. O movimento de baixa marca uma realização de lucros após a subida de 2,5% na abertura.
O Pão de Açúcar (SA:PCAR4) registra a maior baixa do dia, com perdas de 5,7%, recuperando as perdas de 8% no intraday. O mercado penaliza a empresa após divulgação de prejuízo de R$ 59 milhões no primeiro trimestre, revertendo resultado positivo em R$ 192 milhões no ano passado. O desempenho foi pressionado pela Via Varejo (SA:VVAR11), que registrou recuo de 11% nas receitas.
A BRF (SA:BRFS3) cai 2,4% devolvendo os lucros aos investidores que apostaram na companhia que subiu ontem 7,3% com a notícia de estaria nos planos de expansão da gigante norte-americana de carnes Tyson Foods.
Dólar
A moeda norte-americana cai 0,6%, vendida a R$ 3,43, mesmo com fortes intervenções do Banco Central. O banco realizou dois leilões de swap cambial reverso com vendas de 30,9 mil contratos.