As bolsas da Europa fecharam em alta nesta terça-feira, 18, em uma sessão com atenção à temporada de balanços, especialmente com as divulgações das empresas dos Estados Unidos. Os bancos estiveram entre os destaques ao longo do dia, em mais uma rodada de recuperação após as fortes quedas que abalaram o setor há algumas semanas diante da crise. Além disso, a divulgação de dados da economia chinesa na última madrugada deu algum impulso aos papéis, na medida em que o país apresentou sinais de recuperação.
Em Milão, o FTSE MIB teve a maior alta dentre as principais bolsas, avançando 0,69%, a 27.891,43 pontos, e as empresas setor bancário foram responsáveis pelos sete maiores avanços do dia, incluindo Bper Banca 4,xx%. O Deutsche Bank subiu 2,07% em Frankfurt, e ajudou o DAX a ter uma alta de 0,49%, a 15.882,67 pontos. Société Générale (EPA:SOGN) (+2,21%) e BNP Paribas (EPA:BNPP) (+2,10%) avançaram, dando fôlego ao CAC 40 em Paris, que subiu 0,47%, aos 7.533,63 pontos. Em Madri, Caixabank (+2,24%) e BBVA (BME:BBVA) (+2,23%) foram alguns dos bancos que deram apoio para o ganho de 0,41% do Ibex 35, aos 9.416,80 pontos.
Em Londres, o setor financeiro não teve um desempenho positivo como em outras bolsas, mas empresas de mineração, como a Glencore (LON:GLEN), que subiu 1,85%, deram apoio ao FTSE 100, que ganhou 0,38%, aos 7.909,44. Em Lisboa, o psi 20 teve leve alta, de 0,09%, aos 6.198,61 pontos. Como resultado geral, o Stoxx 600 avançou 0,35%, aos 468,49 pontos.
Visando os balanços na Europa, o Julius Baer espera que o Stoxx 50, com as 50 maiores empresas da região, registre um crescimento ligeiramente positivo nos lucros do primeiro trimestre (+1,0%). Em comparação com os EUA, onde os ganhos do quarto trimestre de 2021 e do primeiro trimestre de 2022 foram relativamente fortes, os ganhos na Europa durante esses trimestres foram notavelmente mais baixos, lembra o banco. "O foco dos investidores estará mais no forward guidance, particularmente em como o recente aperto nas condições de crédito afetará o fundamentos das empresas", destaca. Historicamente, as condições de crédito têm influenciado o crescimento da receita com um atraso de dois trimestres, indica o Julius Baer. "Olhando além do primeiro trimestre, as estimativas de consenso atuais ainda apontam para uma recuperação no crescimento dos lucros e nas margens de lucro a partir do terceiro trimestre", projeta.
Já na China, no primeiro trimestre de 2023, o PIB teve expansão anual de 4,5%, superando o consenso de analistas (alta de 4%) e ganhando força em relação ao acréscimo de 2,9% dos últimos três meses do ano passado. A melhora veio após a reversão da severa política de "covid zero" de Pequim. Outros dados chineses mostraram robusto avanço no varejo, mas desempenho aquém do esperado na indústria.