As bolsas europeias fecharam em alta nesta sexta-feira, 16, recuperando parte das perdas registradas nos últimos dias. Notícias positivas sobre o desenvolvimento de uma vacina para o coronavírus e indicadores econômicos sólidos ajudaram a alimentar o bom humor. Com isso, o índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 1,26% hoje, a 367,48 pontos, mas teve queda semana de 0,77%.
Para estrategistas do Bank of America (BofA), há potencial de alta de 10% no Stoxx-600 tão logo o vento contrário do "ressurgimento do vírus" desaparecerem, especialmente, se aprovada nova ajuda fiscal nos Estados Unidos. O presidente americano, Donald Trump, disse ontem que está disposto a aumentar o valor da proposta da Casa Branca por um socorro de US$ 1,8 trilhão. A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, busca US$ 2,2 trilhões.
A americana Pfizer disse que poderá solicitar autorização de uso emergencial de sua possível vacina contra a covid-19 até o final de novembro, contanto que receba dados positivos de eficácia e segurança de testes que estão em andamento. A gigante farmacêutica desenvolve a candidata à vacina com a alemã BioNTech.
Em dia marcado pela divulgação de balanços corporativos de montadoras, o setor impulsionou ganhos. Fiat Chrysler Automobiles (+4,23), Ferrari (+3,41%), em Milão, Volkswagen (+2,49%), em Frankfurt, e Peugeot (5,49%), Renault (5,18%), em Paris, subiram. As francesas impulsionaram o índice CAC a ter a maior alta dentre as principais bolsas europeias, avançando 2,03%, a 4.935,86 pontos, com queda semanal de 0,22%. No mesmo caminho, na Itália, o FTSE MIB subiu 1,70%, a 19.389,68 pontos, em recuo semanal de 1,05%.
As ações da ThyssenKrupp subiram 10,79% após a britânica Liberty Steel anunciar a intenção de fazer uma oferta pública para arrematar a unidade de aço do conglomerado alemão. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,62%, a 12.908,99 pontos, em queda semanal de 0,74%. Em dia de noticiário intenso sobre o Brexit, em Londres, o FTSE fechou em alta de 1,49%, a 5.919,58 pontos, em recuo na semana de 1,61%.
Na zona do euro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da região apontou queda de 0,3% na comparação anual de setembro, segundo a Eurostat. Além disso, na balança comercial, as exportações aumentaram 2% em agosto ante julho, enquanto as importações cresceram 0,5%.
Os ganhos hoje foram ampliados com a divulgação de dados nos EUA, após a Universidade de Michigan informar que o índice de sentimento do consumidor subiu a 81,2 em outubro, ante previsão de alta a 80,5. As vendas no varejo dos EUA subiram 1,9% em setembro, ante expectativas de 0,7%.
Na Península Ibérica, o dia foi positivo para o setor financeiro. O BCP Millenium avançou 1,44%, o que deu impulso ao PSI 20, em Lisboa, para ter alta de 0,79%, a 4.228,02, sendo a única dentre as principais bolsas a avançar na semana, em 1,11%. Em Madrid, Santander (SA:SANB11) (+2,25%) e BBVA (MC:BBVA) (+3,41%) ajudaram o IBEX35 a ter alta de 0,48%, a 6.849,70, com recuo na semana de 1,44%. Os índices fecharam em alta a despeito dos sinais negativos sobre o avanço da covid em ambos os países.