Bolsas da Europa fecham sem sinal único, observando tarifas, perspectivas para BCs e balanços

Publicado 05.02.2025, 10:52
Atualizado 05.02.2025, 14:10
© Reuters.  Bolsas da Europa fecham sem sinal único, observando tarifas, perspectivas para BCs e balanços

As bolsas da Europa fecharam sem sinal único nesta quarta-feira, 5, repercutindo as idas e vindas das disputas tarifárias, assim como as perspectivas para a política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que decide juros nesta quinta-feira. Além disso, a sessão contou com a repercussão de uma série de balanços.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,38%, a 538,06 pontos.

O economista-chefe do BCE, Philip Lane, destacou que a tensão no comércio global pode tornar a perspectiva de inflação mais incerta na zona do euro e que os riscos para o crescimento "permanecem inclinados para o lado negativo". Lane afirmou ainda que "excessiva cautela no afrouxamento monetário pode ameaçar a recuperação econômica". O vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, disse que a inflação na região está se aproximando da meta de 2% e que novos cortes de juros dependerão de dados que confirmem a convergência para o objetivo de forma sustentável.

Para o Bank of America (NYSE:BAC), o BCE continua a sua atitude de afrouxamento, consistente com a deterioração das perspectivas econômicas. Neste sentido, o banco espera uma taxa de depósitos de 2% até meados do ano, na ausência de qualquer choque nos preços da energia, e juros em 1,5% até setembro.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da zona do euro recuou a 51,3 em janeiro, ficando abaixo do cálculo prévio. O PMI do Reino Unido caiu a 50,8 em janeiro, contrariando estimativa inicial de alta. Nesta quinta-feira, analistas projetam um corte de 25 pontos-base nos juros pelo BoE, visando o mercado de trabalho e a inflação. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,61%, a 8.623,29 pontos.

O Santander (BVMF:SANB11) superou previsões de lucro e receita no quarto trimestre e anunciou planos de recomprar 10 bilhões de euros em ações próprias. Em Madri, o banco saltou 7,85%, impulsionando o Ibex35 a uma alta de 1,23%, a 12.524,60 pontos. A presidente do Santander, Ana Botin, afirmou ainda que a instituição financeira pode realocar recursos de unidades com baixo desempenho sem a necessidade de vendê-las.

O resultado do Crédit Agricole também agradou, e a ação do banco francês avançou 0,62% em Paris, onde o CAC 40 caiu 0,19%, a 7.891,68 pontos. Em Amsterdã, por outro lado, a ASML (AS:ASML) - fabricante de equipamentos para a produção de semicondutores, caiu 1,15%, após balanço decepcionante da americana AMD (NASDAQ:AMD).

A autoridade financeira da Suíça se opôs a conceder tratamento especial ao UBS em meio a uma revisão regulatória após o colapso do Credit Suisse (SIX:CSGN). O governo suíço planeja aumentar os requisitos de capital para o maior banco do país, o que levou executivos do UBS a alertarem sobre impactos negativos. Em Zurique, as ações do banco recuaram 1,59%.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,22%, a 21.552,15 pontos. Em Milão, o FTSE MIB recuou 0,38%, a 36.581,48 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 ganhou 0,22%, a 6.531,46 pontos.

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