As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 22, contando com impulso do testemunho do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. As declarações tiveram um tom "dovish" (mais leve), após o dirigente descartar uma alta de juros "preventiva" e voltar a classificar a alta da inflação como transitória.
Ações de empresas de tecnologia estiveram entre algumas das principais altas da sessão, o que garantiu máxima histórica de fechamento para o Nasdaq.
No fechamento, o Dow Jones subiu 0,20%, a 33.945,58 pontos, o S&P 500 avançou 0,51%, a 4.246,44 pontos, e o Nasdaq registrou ganho de 0,79%, a 14.353,27 pontos.
Durante depoimento no subcomitê sobre a crise do coronavírus, Powell atribuiu a força recente da inflação à retomada forte na demanda, em quadro de oferta ainda limitada em alguns segmentos, mas notou que isso deve perder fôlego conforme o cenário se normaliza adiante. "O Fed agirá se a inflação ficar muito elevada", garantiu.
A postura ajudou a impulsionar os mercados, que na última semana tiveram seu maior recuo desde outubro de 2020, pressionados pela postura "hawkish" (mais dura) após a última decisão de política monetária do Fed.
Ações de tecnologia tiveram algumas das principais altas, e os papéis da Amazon (NASDAQ:AMZN) subiram 1,49%, apesar da notícia de que a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) será a agência do governo dos EUA que analisará a proposta de aquisição do estúdio MGM pela Amazon.
A nova presidente da FTC, Lina Khan, é conhecida por criticar a lei antitruste dos EUA por não ter conseguido colocar limites para a gigante da tecnologia. Outras altas de destaque foram Facebook (+2,03%), Apple (NASDAQ:AAPL) (+1,27%), Microsoft (NASDAQ:MSFT) (+1,10%) e Twitter (+2,94%).
Os papéis da GameStop subiram 10,54%, após a varejista anunciar a venda de 5 milhões de novas ações, levantando US$ 1,13 bilhão em capital para acelerar o crescimento. A AMC, que desbancou a preferência pela GameStop por parte de investidores especulativos do varejo nas últimas semanas, teve alta de 4,61%.
Já as ações de aéreas tiveram queda, após a American Airlines anunciar que cortará voos em julho nos EUA para lidar com a crescente demanda no país. O anúncio ilustra as dificuldades do setor em elevar a oferta para fazer frente à procura. A queda de 1,51% na companhia foi seguida por Delta Airlines (-0,87%) e United Airlines (-0,93%).