As bolsas de Nova York fecharam em baixa, com o mercado esperando uma aceleração no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA a ser publicado amanhã. Uma retomada de fôlego da inflação favoreceria o argumento de que o Federal Reserve (Fed) pode querer manter os juros em nível restritivo por mais tempo - um cenário que tende a reduzir o apetite por risco. O lançamento do novo iPhone não empolgou e a Apple (NASDAQ:AAPL) encerrou o pregão no vermelho.
O índice Dow Jones fechou com queda de 0,05%, aos 34.647,44 pontos; o S&P 500 recuou 0,57%, aos 4.462,03 pontos; e o Nasdaq teve perdas de 1,04%, aos 13.773,61 pontos.
As ações de empresas intensivas em tecnologia tiveram um dia ruim, com o índice Nasdaq apresentando o pior desempenho entre os três principais índices acionários de Wall Street. A gigante de software Oracle (NYSE:ORCL) despencou 13,5% após a publicação do seu balanço trimestral. O entusiasmo pelos resultados positivos trimestre foi atenuado por uma perspectiva mais fraca do segundo trimestre e desaceleração da unidade Software como Serviço (SaaS), escreveu o Goldman Sachs (NYSE:GS).
Na esteira, outras empresas de software figuraram entre os maiores perdedores do Nasdaq: Adobe (-3,95%) Autodesk (-3,17%), Datadog (-3,59%), Zscaler (-2,93%). A Salesforce cedeu 1,62% no dia em que anunciou parceria com Google (NASDAQ:GOOGL) em inteligência artificial (IA).
A Apple perdeu 1,76% depois de apresentar o esperado iPhone 15, que aparentemente não . Por outro lado, o fato de que o novo smartphone vai usar chips da Qualcomm (+0,86%), conforme anunciado ontem, apoiou a ação da empresa de semicondutores, segundo a consultoria Navellier. A Qualcomm foi uma das poucos ganhadoras entre o segmento de chips, com Nvidia caindo 0,68%.
Grandes bancos foram destaque entre os ganhadores. Wells Fargo (NYSE:WFC), Citi e Morgan Stanley (NYSE:MS) subiram mais de 2%. O setor de energia também se sobressaiu, diante da valorização dos preços do petróleo. As petrolíferas ExxonMobil (NYSE:XOM) e Chevron (NYSE:CVX) avançaram 2,92% e 1,86%, respectivamente. Ford (NYSE:F) (+1,88%) e GM (+2,61%) acumularam ganhos com a notícia de que o sindicato americano de trabalhadores das montadoras (United Auto Workers, UAW) aliviou suas demandas, o que poderá facilitar um desfecho sem greve para as negociações salariais.
A notícia de que a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA emitiu alerta às empresas CVS Health e a Walgreens Boots Alliance sobre a comercialização de colírios não aprovados não abalou as ações, e as varejistas de farmácias fecharam com ganhos de 2,57% e 1,35%.