As bolsas de Nova York fecharam em baixa na volta do feriado, após o Banco do Povo da China (PBoC) frustrar expectativas de maior estímulo à economia com corte de 10 pontos-base nos juros. O salto de Tesla (NASDAQ:TSLA), Nvidia e PayPal (NASDAQ:PYPL) em meio ao noticiário corporativo, chegou a atenuar as perdas, mas a cautela prevaleceu ainda assim.
No fim da tarde em Nova York, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,72%, a 34.053,87 pontos; o S&P 500 perdeu 0,47%, a 4.388,71 pontos; e o Nasdaq recuou 0,16%, a 13.667,29 pontos.
O corte de 10 pontos-base na taxa de referência de empréstimo (LPRs) da China instaurou um quadro de cautela nos negócios, que se espalhou por Wall Street. "Isso o corte de juros não vai fazer muito para impulsionar a economia em dificuldades, embora seja claramente melhor do que nada", afirmou o ING em relatório.
Os grandes bancos tiveram baixas consideráveis, com o Goldman Sachs (NYSE:GS) perdendo 2,24%, Citigroup (NYSE:C) recuando 1,20%, e o Morgan Stanley (NYSE:MS), 1,54%. As petrolíferas também caíram, na esteira da queda do preço dos contratos futuros do petróleo. A Chevron (NYSE:CVX) recuou 2,28% e a ExxonMobil (NYSE:XOM), 2,29%. O setor de energia teve o pior desempenho dos 11 da S&P 500, caindo 2,29%.
Já Boeing (NYSE:BA) perdeu 3,46% em Nova York, com preocupações sobre métricas financeiras ofuscando anúncios de encomendas de aeronaves na Ásia.
Na contramão, A Tesla (+5,34%) e a Rivian (NASDAQ:RIVN) Automotive (+5,51%) se destacaram no pregão, acumulando as maiores altas do índice Nasdaq, após anúncio de parceria no fornecimento de baterias elétricas.
PayPal se valorizou 3,70%, depois de fechar negócio com a empresa de investimentos KKR e elevar projeção de recompras de ações para 2025, a US$ 5 bilhões.
Outro destaque foi a empresa de semicondutores Nvidia, que subiu 2,61%, em movimento contrario ao de outras fabricantes de chips. A Qualcomm, a Micron e a Texas Instruments caíram 2,33%, 1,12% e 1,36%, respectivamente.
A Capital Economics atribuiu parcialmente à inteligência artificial sua projeção revisada para cima dos ganhos do S&P 500 nos próximos 2 anos, prevendo que o índice alcançará 6,5 mil pontos no fim de 2025, de cerca de 4,3 mil atualmente.