As bolsas de Nova York fecharam em queda, com o avanço sem trégua do coronavírus se sobrepondo ao otimismo desencadeado pelo anúncio de que a vacina desenvolvida por Pfizer (NYSE:PFE); (SA:PFIZ34) e BioNTech (F:22UAy) atingiu 95% de eficácia na prevenção do coronavírus em testes finais conduzidos pelas empresas.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,16%, aos 29437,77 pontos, enquanto o S&P 500 teve igual recuo porcentual, para 3567,75 pontos. Já o Nasdaq caiu 0,82%, a 11801,60 pontos.
Após abrirem próximas à estabilidade, as bolsas de Nova York operaram em leve alta por conta da vacina do consórcio entre Pfizer e BioNTech, mas logo passaram a ocupar território negativo à medida em que o avanço da pandemia nos EUA entrou no radar dos investidores.
De acordo com dados compilados pela Universidade de Oxford em sua plataforma Our World in Data, os EUA registram pelo menos 100 mil novos infectados pelo novo coronavírus todos os dias desde 8 de novembro. O aumento acelerado de casos tem feito com que autoridades americanas cogitem novas restrições para frear o vírus. A cidade de Nova York irá fechar escolas públicas a partir de amanhã, menos de oito semanas após a reabertura.
O Secretário Adjunto de Saúde do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Almirante Brett Giroir, afirmou à emissora MSNBC que o país está em uma situação "absolutamente perigosa" que deve ser levada a sério. "Este não é um alarme falso. Esta é a pior taxa de aumento nos casos que vimos na pandemia nos Estados Unidos e, no momento, não há sinal de redução", disse o secretário.
Por outro lado, o presidente da unidade de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), John Williams, afirmou estar se sentindo mais otimista quanto à recuperação econômica pós-pandemia, que deve ocorrer mais rápido do que o esperado, segundo ele. Anteriormente, ele havia estimado que levaria cerca de três anos.
Diante deste cenário negativo, o setor de aviação ajudou a reduzir as perdas das bolsas nova-iorquinas nesta quarta. A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos EUA concluiu a revisão de segurança do 737 MAX e autorizou a retomada das operações pela Boeing (NYSE:BA); (SA:BOEI34). As ações chegaram a subir 3% no início do pregão. No Nasdaq, as ações das gigantes de tecnologia reduziram as perdas provocadas mais cedo pela alta da ação da Pfizer, o que ajudou a conter a queda do índice.