As bolsas de Nova York abriram em alta, mas ao longo do dia houve aversão a risco e, com isso, os ganhos foram reduzidos. Isso levou a um fechamento sem sinal único, com queda especial nos setores de tecnologia e comunicações. Na semana, o quadro foi de perdas, com a Nasdaq no pior desempenho semanal desde março.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,48%, a 27665,64 pontos, com recuo de 1,66% na semana. O S&P 500 subiu 0,05%, a 3340,97 pontos, nível 2,51% inferior ao de sexta-feira passada. O Nasdaq recuou 0,60%, a 10853,55 pontos, com perda de 4,06% na semana.
A queda semanal da Nasdaq foi a pior desde a registrada em 20 de março, quando a pandemia de covid-19 atingiu em cheio o mercado e o índice cedeu 12,64% na comparação semanal. E, mais uma vez, ações do setor de tecnologia estiveram entre as mais penalizadas. Apple (NASDAQ:AAPL) recuou 1,31%, Microsoft (NASDAQ:MSFT) cedeu 0,65% e a Amazon (NASDAQ:AMZN) perdeu 1,85%.
Dúvidas sobre a valorização das techs, incertezas sobre a eleição nos EUA e a falta de acordo em Washington por um novo pacote fiscal pesaram no sentimento do investidor nesta semana.
A LPL Financial classificou o atual momento do mercado acionário americano como "dias ruins", e lembrou que na quarta-feira, dia 2 de setembro, S&P 500 e Nasdaq haviam atingido máximas históricas de fechamento. O S&P 500 caiu mais de 6% após o recorde, fato que havia se passado pela última vez em outubro de 1989.
Nos indicadores, o principal nesta sexta foi a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em agosto, que apresentou alta superior às expectativas dos analistas, de 0,4%, na comparação com julho, enquanto a previsão era de 0,3%.
A alta no núcleo também foi de 0,4%, "revertendo as quedas na primavera", e com destaque para veículos usados, segundo análise do Wells Fargo. O dia foi positivo para boa parte das montadoras, com a Ford Motors fechando em alta de 1,30%, a GM avançando 0,96%, e a Fiat Chrysler subindo 1,03%.