Garanta 40% de desconto
🤯 Perficient disparou 53%. Nossa ProPicks de IA viu essa oportunidade em março Leia mais

BR Partners (BRBI11) vai além do investment banking e mira gestão de patrimônio

Publicado 23.06.2023, 16:37
© BR Partners

Investing.com – A expectativa de afrouxamento monetário traz perspectivas mais otimistas para o BR Partners (BVMF:BRBI11), primeiro banco de investimentos independente a ser listado na bolsa de valores brasileira, a B3 (BVMF:B3SA3).  Em um cenário de seca de IPOs e M&As, afetando assessoria para esse tipo de operação, a instituição se prepara para ampliar o portfólio de serviços e mira na gestão de patrimônio, mas ainda sem data para começar os trabalhos nessa frente. Foi o que detalhou Vinicius Carmona, sócio e Diretor de Relações com Investidores do BR Partners, em entrevista ao Investing.com Brasil nesta sexta-feira, 23.

O maior banco de investimentos independente da América Latina foi fundado em 2009. Em junho de 2021 o BR Partners, a Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês de Initial Public Offers) da entrada do BR Partners na B3 atingiu R$400,4 milhões, mediante 25,02 milhões de unidades a R$16,00 cada. Antes, a companhia já havia tentado entrar na bolsa de valores em setembro de 2020 e março de 2021.

A empresa atua em operações de fusões e aquisições, estruturação de dívidas, derivativos, investimentos e reestruturações financeiras. Até o momento, o banco já assessorou mais de R$ 410 bilhões em transações na área de investment banking e mais R$ 19,4 bilhões em emissões de dívida.

A companhia apresentou receita de R$101,5 milhões no primeiro trimestre deste ano e de R$413,5 milhões no ano de 2022, sendo que não há plataforma de varejo, a base de clientes e é 100% institucional. A receita total teve elevação de 3,9% em relação ao trimestre anterior e uma diminuição de 4,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Confira as perspectivas da companhia ressaltadas na entrevista:

Investing.com – Como surfaram no mercado de baixa e qual foi o carro-chefe de receita nesse período?

Vinicius Carmona – A companhia era antes do muito focado em CRI, em tickets médios menores, mas no ano passado, estruturamos mais de dez debêntures, um produto que a gente praticamente não acessava. Do lado da distribuição, antes dos fatos da Americanas (BVMF:AMER3) e da Light (BVMF:LIGT3), o mercado de equity estava completamente fechado, mas o investidor estava líquido. Com 13,75% de juros e mercado de crédito bombando, do lado da distribuição para investidores estava muito bom também. Era só originar que, na semana seguinte, o deal estava vendido. Até então, não havia problema de crédito de grandes empresas.  A qualidade dos ativos estava muito boa, então o mercado o mercado primário de renda fixa estava extremamente líquido, com muitas empresas aproveitando também essa janela. Mas em novembro, dezembro, o mercado de crédito começava a dar fortes inícios de desaceleração porque as empresas já começaram a sentir esse custo de dívida.

As receitas pós-IPO foram principalmente vindas de estruturação de dívida e produtos de tesouraria. Mas neste primeiro trimestre, foi extremamente difícil, com um mercado de capitais desafiador, mas a gente conseguiu fazer operações menores e muito pela recorrência que nós temos com alguns clientes, realizar deals menores e distribuir com 3 ou 4 casas, de investidores que já conhecem a empresa e que são nossos clientes recorrentes. Então a gente conseguiu continuar performando bem, mesmo nesse ambiente que mudou completamente.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

O nosso carro-chefe aqui sempre foi, em termos de participação de receita, o investment banking, um business que a gente não usa capital, 100% de advisory, de receita de serviços.

A receita do IB foi a que mais sofreu nesses últimos anos por conta da conjuntura macroeconômica. O M&A, por exemplo, fica muito mais difícil de concretizar alguns negócios pelo ambiente de mercado, mas o pipeline está muito bom.

Inv.com – Quais são as principais metas de expansão?

Carmona – Diferente de um banco de crédito, a gente não tem metas de prospecção de novos clientes, nossa meta é continuar sendo um negócio extremamente rentável. Chegamos a uma rentabilidade de um ROAE de 17% no primeiro trimestre e vamos buscar uma expansão das nossas receitas.

Em algum momento, a gente já vem falando isso bastante para o mercado, a gente deve entrar no negócio de wealth management, de gestão de patrimônio, que faz sentido para a gente, mas ainda não costumamos a estruturar.

O que a gente busca é estar presente nas transações mais icônicas, mais importantes do mercado, que dá visibilidade e rentabilidade. Participamos da venda da participação do Casino do GPA (BVMF:PCAR3) no mercado secundário, por exemplo. Outro deal foi a assessoria da Unipar (BVMF:UNIP3) para compra dos ativos da Braskem (BVMF:BRKM5). É um negócio ainda com muita incerteza e que deve demorar mais para sair. Nossa meta é trazer esse tipo de deal para dentro.

Inv.com – Como enxerga o momento atual da política monetária e ela pode afetar o banco?

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Carmona – Mas a expectativa agora, olhando principalmente para o segundo semestre, estamos começando a ver um ambiente mais positivo para a concretização de alguns negócios. O investimento banking, em termos de participação de receita, continua sendo a maior área e pode voltar a crescer um pouco mais.

O mercado de capitais, com a queda dos juros a partir do segundo semestre, também pode voltar a crescer. Na verdade, já está crescendo desde o do último trimestre, mas pode voltar a acelerar o volume de emissões de dívida também. A queda dos juros pode acelerar os negócios nessas duas áreas, principalmente.

Estamos em negócios que são mais cíclicos. Quando o mercado está mais favorável, a gente consegue retomar e crescer em um ritmo mais acelerado, aumentar a rentabilidade. Somos uma firma extremamente enxuta, pequena. E mesmo nesses dois anos de juros altos, conseguimos demonstrar bastante resiliência. Olhando para frente, acho que é um cenário mais otimista, com volta dos IPOs, já começa a volta dos follow-on e queda de juros começa a desalavancar as empresas. São criadas as forças necessárias para ter mais movimento de consolidação, de M&As e estruturação de dívidas. Esperamos uma perspectiva melhor de negócios, o que vai refletir em um nível de receitas melhor.

Últimos comentários

CTA VAI MORAR NO SHOPPING TUCURUVI
Um banco muito promissor! Alta rentabilidade, e crescimento de receita, mesmo com ambiente macroeconômico totalmente desfavorável!!
Quando tem reportagem assim... tão querendo sair do papel kkkk
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.