Boom das criptos: quais ações do setor podem surpreender na alta?
BUENOS AIRES/PEQUIM (Reuters) - A Bunge (NYSE:BG) embarcará 30 mil toneladas de farelo de soja da Argentina para a China a partir de um de seus terminais na região portuária de Rosário, onde o navio Nordtajo deverá atracar em 16 de julho para transportar a carga, segundo dados da agência marítima local Nabsa, vistos pela Reuters nesta segunda-feira.
Assim, a Argentina, maior exportadora mundial de farelo de soja, realizará seu primeiro embarque do derivado para a China, após Pequim aprovar as importações do produto em 2019 e autoridades chinesas e exportadores locais se reunirem no final de junho para desbloquear as transações.
A Reuters informou no mês passado que vários fabricantes chineses de ração animal assinaram conjuntamente o acordo para a remessa, já que o setor de ração animal da China procura ampliar suas opções de fornecimento para mitigar possíveis interrupções da guerra comercial entre os EUA e a China.
O relatório da Nabsa também indicou que o farelo de soja seria embarcado no Terminal 6, operado em conjunto pela Bunge e pela AGD local, na cidade de San Lorenzo, localizada a cerca de 50 quilômetros ao norte de Rosário, no rio Paraná.
A China, que normalmente não importa farelo de soja, é a maior importadora mundial de soja, que processa em suas próprias instalações para produzir o farelo, usado como ração animal.
A maior parte da soja importada pela China vem do Brasil e dos Estados Unidos. No ano passado, a China importou apenas 30.000 toneladas de farelo de soja, principalmente da Dinamarca, segundo dados da alfândega dinamarquesa.
A Argentina exportou um total de 27,2 milhões de toneladas de farelo de soja em 2024, no valor de US$10,55 bilhões. O Vietnã foi o principal destino dos embarques, respondendo por 15% do total.
(Reportagem de Maximilian Heath em Buenos Aires e Ella Cao em Pequim)