Investing.com - Com o objetivo de se desfazer de ativos, a Caixa Econômica Federal deve se desfazer das ações que detém do IRB Brasil (SA:IRBR3) por meio do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc). De acordo com a edição desta terça-feira da Coluna do Broad, do Estadão, o objetivo é que a operação seja concluída antes do Carnaval. Para isso, a instituição já está selecionando bancos para fazer a venda dos papéis.
A coluna informa que o Fgeduc detém 8,9% do capital do IRB em um total de 27.656.408 ações. Considerando o preço atual do papel, a operação poderia movimentar cerca de R$ 2,4 bilhões.
A publicação lembra que a mesma operação já havia sido cogitada durante o governo do presidente Michel Temer, mas não saiu do papel uma vez que não foi incluída no orçamento da União de 2018. Esse ano, a venda das ações do IRB foi inserida nas contas como dedução aos custos do Programa de Financiamento Estudantil (Fies) no valor de cerca de R$ 2 bilhões.
Apesar da venda dos ativos da Caixa, a venda do controle acionário do IRB não será realizada neste momento, uma vez que ainda há um caminho longo a ser corrido por questões societárias. Outro ponto é que essa operação não está no orçamento do ano, devendo ficar só para 2020.
Um dos maiores desafios é que a União detém o controle do ressegurador juntamente com Bradesco (SA:BBDC4), Itaú Unibanco (SA:ITUB4) e Banco do Brasil (SA:BBAS3) e a venda não agrada a todos.
Outras operações
A Caixa, de acordo com o jornal, também começou um processo formal para escolher bancos para se desfazer de ações de outras companhias em fundos governamentais, incluindo Petrobrás, Vale (SA:VALE3) e Banco do Brasil. Os desinvestimentos podem render R$ 10 bilhões. Somente na petroleira são cerca de R$ 8 bilhões.