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Investing.com - A Cemig dispara no pregão de hoje (28/6) com notícia de que a chinesa State Power pretende comprar a fatia da empresa na hidrelétrica Santo Antônio, em sinal de que seu plano de desinvestimento pode ser bem-sucedido.
A elétrica mineira (SA:CMIG4) sobe mais de 4% e é negociada a R$ 8,20 e se aproxima da máxima do indraday de mais de um mês de R$ 8,32, alcançada no dia 22 de junho, quando anunciou a intenção de venda integral da Light.
Ontem, a companhia informou que a chinesa State Power fez uma oferta para comprar a participação na Madeira Energia, que detém hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia. A Cemig detém 18% do capital da empresa, que tem um investimento estimado em R$ 20 bilhões.
O BTG Pactual (SA:BBTG11) fez uma leitura positiva da notícia pois “mostra que o plano de desinvestimento apresentado pela Cemig está andando”
No início do mês, a elétrica mineira aprovou plano de desinvestimentos que soma R$ 6,564 bilhões, para abater sua dívida de mais de R$ 10 bilhões até 2019. A taxa de sucesso esperada é de 50% desse total até o próximo ano.
Além do desinvestimento na Light e em Santo Antônio, a Cemig quer se desfazer de fatias de 19% dos 31,5% na Taesa, a Transmineira e a totalidade de participações da empresa na hidrelétrica de Belo Monte, entre outros ativos.
Elevação das metas de endividamento
Ontem o conselho de administração aprovou a elevação das metas de endividamento de até 2x o Ebitda para 2,5x. A companhia foi rebaixada para B2, de B1, pela Moody’s pelas dúvidas sobre a capacidade da empresa de refinanciar e pagar seus débitos. A relação entre dívida líquida e geração de caixa da Cemig terminou 2016 em 5x vezes.
Light com novo presidente
A Cemig disse que o CA nomeou o diretor de Distribuição e Comercialização, Luís Fernando Paroli Santos, para ser o diretor-presidente da Light. O executivo substitui Ana Marta Veloso, renunciou ao cargo, que ocupava desde dezembro de 2015.
Fora do Ibovespa, a Light (SA:LIGT3) perde 3% e opera negociada aos R$ 21,70, em movimento de correção que persiste desde a disparada de 30% após o anúncio de venda da participação da Cemig na elétrica fluminense.