Investing.com - Depois de perder mais de 3% no início da sessão, as ações da Cemig (SA:CMIG4) mostram uma leve recuperação, recuando 1,13% a R$ 7,91. Na manhã de hoje, a estatal mineira de eletricidade divulgou prejuízo líquido de R$ 60,4 milhões no segundo trimestre de 2018, ante lucro de 138,1 milhões de reais no mesmo período de 2017.
O analista Kaique Vasconcellos, da corretora Safra, afirmou que os números ficaram em linha com as suas expectativas e ressaltou que o principal catalisador para as ações é o programa de desinvestimentos da companhia e que não há um avanço claro nesse front.
A equipe de analistas da Mirae Asset avalia que, embora o resultado tenha ficado no geral ligeiramente abaixo da expectativa, as perspectivas para a Cemig continuam positivas, pois existem diversos ativos à venda, no seu plano de desinvestimento.
Com isso, a corretora espera que a retomada do consumo, principalmente do industrial e o seu endividamento continue estável e o ligeiro aumento foi decorrente da variação cambial.
Eles destacam que empresa é uma estatal, mas mesmo com entrada de um novo governo, deva ocorrer uma revisão de metas, visando recuperar a estrutura de capital, permitindo a empresa voltar a remunerar de forma mais representativa seus acionistas.
A recomendação é de Compra, com potencial de valorização de 28% e a CMIG4 negocia a um múltiplo EV/Ebitda 2018 de 6,2x e para 2019 de 5,2x.
Para o analista da Brasil Plural (SA:BPFF11), o pior agora parece ter passado, já que seus recentes esforços para aumentar a eficiência e uma revisão tarifária melhor do que a esperada para seus negócios de distribuição melhoraram seus dados operacionais neste trimestre, conforme nota a clientes.
Na visão da Coinvalores, o impacto da variação cambial sobre empréstimos e financiamentos, mas especificamente sobre os Eurobonds emitidos ao final do ano passado, elevou expressivamente a despesa financeira do trimestre, culminando na reversão do lucro de R$ 138,1 milhões registrado há doze meses para um prejuízo de R$ 60,4 milhões agora.
Em termos operacionais, houve importante melhora no segmento de distribuição, puxada pela alta de cerca de 5% no volume faturado e pelo reajuste tarifário, mas a área de geração, por outro lado, foi afetada não só pelo menor volume de vendas, mas também pelo maior dispêndio com compra de energia e encargos setoriais no período em análise. O EBITDA subiu cerca de 10% ante o 2T17 e também frustrou as expectativas.