Investing.com - O BTG (BVMF:BPAC11) avaliou como sólidos os resultados da Cielo (BVMF:CIEL3) reportados na noite de segunda-feira, 31, um dia antes de um forte recuo nos papéis da companhia. Nesta terça-feira, 01, as ações despencaram 7,73%, fechando o pregão a R$5,49. Nesta quinta, 03, às 13h28 (horário de Brasília) subiam 1,09%, cotadas a R$5,55.
O BTG não viu motivos para a forte liquidação e acredita que os papéis ainda estão baratos. A Cielo reportou lucro líquido recorrente de R$ 421,7 milhões no terceiro trimestre de 2022, o que representa um aumento de 99,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Ao avaliar as principais conclusões da teleconferência do terceiro trimestre, o BTG disse que a transformação das operações e finanças é uma realidade. O CEO reforçou que o novo patamar de lucro líquido recorrente é uma boa referência.
Para o BTG, o crescimento mais lento dos TPV (pontos de venda) ocorreu devido a uma inflação mais baixa no terceiro trimestre, mas o banco estima um quarto trimestre melhor para esse indicador – também levando em consideração tendências de vendas e efeitos sazonais que impulsionam volumes no período.
Relatório dos analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel destaca que a companhia manteve o controle dos custos, crescendo as despesas ainda abaixo da inflação, e com “ganhos de alavancagem operacional decentes”. Mas, por enquanto, o CEO afirmou que a companhia não vê maior payout no horizonte.
Para 2024, o BTG aumentou a projeção de lucro líquido em 3% para R$ 2,3 bilhões (alta de 10% ao ano), 20% acima das projeções de mercado.
De acordo com os analistas, com uma avaliação atraente e uma correlação baixa com o ruído político local, o banco vê Cielo como uma ação em destaque.
O BTG possui recomendação de compra para as ações, com preço-alvo em 12 meses de R$7.