SÃO PAULO (Reuters) - A Cielo (SA:CIEL3), maior empresa de meios de pagamentos do país, anunciou nesta terça-feira que teve lucro líquido de 358,1 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 51,7% na comparação com igual etapa de 2018.
O número veio abaixo da previsão média de analistas da Refinitiv, de 376,6 milhões de reais para o período.
Já o resultado operacional da Cielo medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de 724,3 milhões de reais, desabando 37,2% no comparativo anual. O dado também veio abaixo da previsão de analistas da Refinitiv, de 825,4 milhões de reais.
Os volumes processados subiram cerca de 11% ante um ano antes e 4,4% ante o trimestre imediatamente anterior. Isso deu à Cielo o terceiro trimestre consecutivo de expansão de volumes e o quarto trimestre seguido de adição de novos clientes.
Mas a receita líquida consolidada teve queda de 5,5%, para 2,8 bilhões de reais, no comparativo anual, "impactadas pela pressão nos preços médios decorrente do ambiente competitivo e pelo aumento do business de venda de soluções de captura", afirmou a companhia no relatório.
Na outra ponta, o custo dos serviços prestados evoluiu 13,9%, para 1,84 bilhão, "substancialmente relacionado a gastos com subsídios na venda de terminais de captura".
As despesas de pessoal subiram 30,8%, as administrativas tiveram incremento de 35,2% e as despesas operacionais líquidas avançaram 35,4%, estas devido ao aumento de perdas com contestações e créditos incobráveis.
Em outubro, a Cielo lançou contas de pagamento digital, mirando sobre pequenas empresas, em uma estratégia para reforçar sua posição contra rivais como Nubank, Mercado Pago e PagSeguro (NYSE:PAGS).
(Por Aluísio Alves e Alberto Alerigi Jr.)