Investing.com - Pelo segundo dia consecutivo, as ações da BRF (SA:BRFS3) operam com forte valorização de 9,03% a R$ 25,12. Ontem, com a notícia da indicação do presidente da Petrobras (SA:PETR4), Pedro Parente, para comandar o conselho de administração da companhia fizeram os papéis saltarem 9,51%. Mesmo com as duas altas expressivas, as ações ainda acumulam perdas de mais de 30% em 2018.
Os principais acionistas da BRF apoiaram ontem a indicação de Parente. O nome foi apresentado pelo empresário Abilio Diniz, atual presidente do conselho, que tem sofrido críticas nos últimos meses pela crise vivida pela companhia de alimentos. A BRF encerrou 2017 com prejuízo líquido de 1 bilhão de reais, enfrenta quadro de endividamento elevado e foi citada na operação Carne Fraca, da Polícia Federal.
Parente afirmou em comunicado que renunciará à presidência do conselho da B3 se for eleito em assembleia de acionistas da BRF marcada para 26 de abril e que "não haverá qualquer mudança no exercício de sua função de presidente" da Petrobras.
Entenda a crise
O fraco resultado em 2017, com prejuízo total de R$ 1,1 bilhão e a Operação Carne Fraca levou os fundos de pensão Petros e Previ a convocar uma assembleia extraordinária para a substituição Abílio Diniz na presidência do conselho.
Os acionistas da BRF estão em guerra pelo comando da companhia. De um lado, os fundos de pensão. Do outro, Península (holding da família Diniz) e o fundo Tarpon (SA:TRPN3).
Os fundos são donos de 22% do capital da empresa e já haviam indicado o nome de Augusto Cruz, presidente do conselho da BR Distribuidora (SA:BRDT3), para o posto de Abílio. Por outro lado, o ex-dono do Grupo Pão de Açúcar (SA:PCAR4) tentava emplacar o nome de Luiz Fernando Furlan, herdeiro da Sadia.