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Com Yuni, 13 das 24 empresas brasileiras na fila do IPO são do setor imobiliário

Publicado 07.08.2020, 15:34
Atualizado 07.08.2020, 15:35
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Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A Yuni pediu nesta sexta-feira aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), aumentando a onda do setor imobiliário brasileiro rumo ao mercado de capitais.

Com ela, agora 13 das 24 empresas do país à espera de autorização para listagem na bolsa são ligados à construção civil, movimento que se intensificou nas últimas semanas, mesmo diante da crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19.

O movimento remete a 2007, quando cerca de duas dezenas de empresas do setor imobiliário estrearam na bolsa paulista, quase um terço do total de estreias daquele ano no mercado de capitais doméstico.

Desta vez, no entanto, as construtoras têm como pano de fundo o juro básico da economia na mínima histórica de 2%, com o Banco Central tentando combater os efeitos recessivos da pandemia. Muitos economistas avaliam que a Selic deve ficar em níveis muito baixos por alguns anos, o que pode dar grande impulso a empréstimos de longo prazo.

A Abecip afirmou em julho que o crédito destinado à compra e construção de imóveis avançou 28,6% no primeiro semestre, a 43,35 bilhões de reais, com a entidade afirmando que o impacto da crise sobre o setor foi reduzido.

Mas enquanto cada vez mais construtoras tornam públicos seus planos de crescer captando dinheiro na bolsa, outras já fazem movimento contrário, o que pode indicar que o investidor pode não estar tão empolgado para comprar ativos ligados ao setor.

A Direcional Engenharia (SA:DIRR3) anunciou na semana o cancelamento de oferta de ações de sua controlada Riva 9 (SA:RIVA3), citando "condições de mercado". Nesta semana foi a vez da You Inc (SA:YOUC3) abrir mão do IPO pelo mesmo motivo.

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Assim como suas rivais, a Yuni fará simultaneamente oferta primária e secundária de ações, ou seja, que servirão tanto para dar saída parcial a atuais sócios quanto para levantar recursos para financiar o crescimento.

No prospecto preliminar da operação, que será coordenada por Itaú BBA e BTG Pactual (SA:BPAC11), a Yuni afirma que usará os recursos da oferta primária para comprar terrenos, reforçar o capital de giro e investir nas vendas por meio de canais digitais.

A Yuni é especializada em projetos residenciais e comerciais de alto padrão em São Paulo, mas também entrou em projetos residenciais econômicos por meio da joint venture chamada Atua.

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