Por Gabriel Codas
Investing.com - A temporada de balanços do segundo trimestre do ano terá continuidade nesta terça-feira após o fechamento do mercado, quando a CSN (SA:CSNA3), Cielo (SA:CIEL3), Minerva (SA:BEEF3) e Smiles (SA:SMLS3) divulgam os números relativos ao período. Na espera dos resultados, as ações das companhias são negociadas em alta, com exceção para a empresa de meio de pagamentos.
De forma geral, a expectativa é de resultados fracos, devido ao cenário da pandemia da Covid-19 que atingiu diretamente o período. A Minerva deve apresentar melhora, com a manutenção do crescimento das exportações e um dólar mais favorável.
Por volta das 15h20, os ativos da CSN somavam 0,16% a R$ 12,26, os da Minerva 2,34% a R$ 14,41 e os da Smiles 3,67% a R$ 15,25. Já a Cielo recuava 1,53% a R$ 5,16. O Ibovespa recuava 0,25% a 104.212 pontos
Cielo
O consenso de mercado aponta para um lucro líquido para a empresa de meio de pagamentos de R$ 0,03 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado foi de R$ 0,16 para cada ativo, quando eram esperados R$ 0,17. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve ganhos de R$ 0,06 por papel, em linha com o estimado.
Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 2,5 bilhões, uma queda em relação aos R$ 2,94 bilhões do mesmo período de 2019, ante os R$ 2,96 bilhões esperados. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 2,83 bilhões.
O BTG Pactual (SA:BPAC11), que tem recomendação neutra para o papel, acredita em prejuízo líquido de R$ 3 milhões, com receitas de R$ 1,687 bilhão, abaixo do consenso do mercado. O Ebitda esperado é de R$ 444 milhões e margem de 26%.
Minerva
O consenso de mercado aponta para um prejuízo líquido do frigorífico de R$ 0,09 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado negativo em R$ 0,31 para cada ativo, quando eram esperados -R$ 0,28. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve ganhos de R$ 0,51 por papel, melhor do que o prejuízo de R$ 0,16 estimado.
Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 4,57 bilhões, um ganho importante em relação aos R$ 4,02 bilhões do mesmo período de 2019, ante os R$ 3,96 bilhões esperados. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 4,17 bilhões.
O BTG Pactual, que tem recomendação de compra para o papel, acredita em lucro líquido de R$ 260 milhões, com receitas de R$ 5,030 bilhões, ficando bastante acima do consenso do mercado. O Ebitda esperado é de R$ 571 milhões e margem de 11%.
CSN
O consenso de mercado aponta para um lucro líquido da siderúrgica de R$ 0,08 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado foi bastante positivo, de R$ 1,27 para cada ativo, quando eram esperados R$ 0,57. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve prejuízo de R$ 0,97 por papel, pior do que os R$ 0,94 estimados.
Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 5,83 bilhões, uma queda importante em relação aos R$ 6,90 bilhões do mesmo período de 2019, ante os R$ 6,74 bilhões esperados. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 5,34 bilhões.
A XP Investimentos espera uma piora nos números de aço em relação ao primeiro trimestre, com resultados severamente impactados pelo Covid-19. A equipe vê algumas barreiras para que os aumentos de preços sejam totalmente realizados no mercado doméstico, com uma demanda ainda fraca (-18% no T/T, na nossa visão).
Como resultado, os analistas acreditam que o EBITDA do segmento de aço alcançará R$225 milhões no 2T. No segmento de mineração, esperam números fortes, com EBITDA de R$1,294 bilhão, baseado em melhores vendas (7,2 milhões de toneladas) e preços mais altos (spot médio de US$93/t, contra US$89/t no 1T).
Eles mantiveram a recomendação de Compra (preço-alvo de R$14/ação), apoiada em na expectativa de que os preços do minério de ferro permanecerão em níveis saudáveis no futuro.
Já o BTG Pactual, que tem recomendação neutra para o papel, acredita em prejuízo líquido de R$ 128 milhões, com receitas de R$ 5,875 bilhões, pouco abaixo do consenso do mercado. O Ebitda esperado é de R$ 1,822 bilhão e margem de 31%.
Smiles
O consenso de mercado aponta para um lucro líquido de empresa de fidelidade de R$ 0,38 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado foi bastante positivo, de R$ 1,25 para cada ativo, quando eram esperados R$ 1,25. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve ganho de R$ 0,45 por papel, em linha com o estimado.
Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 181 milhões, uma queda importante em relação aos R$ 275 milhões do mesmo período de 2019, ante os R$ 451 milhões esperados. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 171 milhões.