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Cuidado, investidores do S&P 500, o cenário não está nada bom!

Publicado 06.12.2022, 06:30
Atualizado 07.12.2022, 11:13
© Investing.com

Por Robert Zach

Investing.com – Ao contrário das expectativas, o S&P 500 conseguiu se recuperar desde a primeira quinzena de outubro. Até o movimento corretivo dessa semana, o principal índice acionário dos EUA chegou a subir cerca de 17,7% em relação às mínimas do ano. Portanto, a questão é saber se esse é o início de um novo mercado de alta ou se os vendedores estão voltando com força total.

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Em vista dos vários desafios diante dos participantes do mercado, essa questão não pode ser respondida facilmente.

Com o recente rali no mercado acionário, as condições financeiras voltaram a registrar uma drástica flexibilização, o que representa um sinal de alerta, na medida em que a intenção do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) é justamente restringi-las, a fim de frear a inflação mais alta do país em quatro décadas.

O Índice Nacional de Condições Financeiras do Federal Reserve (NFCI, na sigla em inglês) recentemente recuou para -0,27, seu menor patamar desde meados de maio. Dados acima de zero indicam um ambiente financeiro restrito para os padrões históricos. Um ambiente financeiro favorável é indicado pelo NFCI com valores abaixo de zero. O índice de estresse fornece informações sobre a situação atual nos mercados financeiros, de ações e títulos dos EUA, bem como no sistema bancário paralelo.

NFCI

Fonte: Chicago Fed

O recente movimento de recuperação tem como base o grande alívio dos participantes do mercado pelo fato de o Fed tirar o pé do acelerador dos aumentos de juros por enquanto, abrindo espaços para o fim do ciclo de aumento das taxas. Apesar de o presidente do banco central americano, Jerome Powell, ter dito recentemente que era hora de reduzir os aumentos de juros, sua declaração permanece válida após a última reunião de política monetária: segundo ele, o Fed pode ter que elevar as taxas de juros muito mais do que o previsto nas projeções dos dirigentes da instituição em setembro.

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Entre as razões, podemos citar: as condições financeiras já tiveram uma visível flexibilização; o mercado de trabalho continua mostrando robustez nos EUA (basta ver o relatório de empregos urbanos de novembro); e a globalização está recuando em certa medida (tensões com a China e a Rússia, legislação anti-inflação nos EUA). A grande incógnita são os preços do petróleo, que podem voltar a subir com a reabertura da China e causar um aumento indesejado da inflação.

Atualmente, os participantes do mercado consideram que o pico dos juros ocorrerá em maio de 2023 na faixa de 5,00% a 5,25%. Esse é o intervalo no qual os investidores precisam ficar de olho quando da divulgação das próximas projeções dos dirigentes do Fed, o que deve ocorrer no dia 14 de dezembro, juntamente com a decisão de política monetária, no intuito de averiguar se o grau máximo de rigidez do Fed já foi atingido.

Ferramenta de monitoramento de juros do Fed

James Bullard, presidente da sucursal do Fed em St. Louis, afirmou recentemente que a política monetária do Fed ainda não é restritiva o suficiente para conter a inflação recorde nos EUA, declarando ainda que a taxa básica de 5% está na faixa inferior dos juros necessários e que a faixa superior seria em torno de 7%.

Bullard Präsentation

O mais importante para a próxima fase do mercado acionário é saber a intensidade da recessão que deve ocorrer. Embora a indústria manufatureira nos EUA tenha entrado em território de contração, conforme dados divulgados pelo ISM, o setor de serviços ainda mostra vigor. A Pantheon Macro atribui o melhor desempenho dos prestadores de serviços principalmente à mudança nos gastos do consumidor, saindo de bens para serviços. No entanto, com o arrefecimento do mercado de trabalho no ano que vem, a Pantheon Macro espera que o setor de serviços registre uma considerável desaceleração, diante da queda da poupança da população.

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É praticamente certo que os EUA entrarão em recessão, restando saber somente qual será a sua gravidade. O indicador de recessão calculado pelo Fed de Nova York estabelece a probabilidade de 23% de que a economia dos EUA entre em recessão em setembro de 2023. Historicamente, todas as vezes que esse indicador ficou acima da marca de 30% desde 1960 houve uma recessão no país.

New York Fed Rezessionsindikator

Fonte: Fed de Nova York

É verdade que o mercado acionário geralmente se recupera antes do fim de uma recessão. Mas o fato é que ainda não atingimos esse estágio. Isso fica patente diante da curva de juros, que ainda registra uma grande inversão de 81 pontos-base (pb) e ainda não mostra sinais de inclinação, como tem sido o caso em todas as outras recessões desde 1990.

Spread 10-jährige und zweijährige US-Rendite

Fonte: Fed de St. Louis

Em média, com exceção da Grande Crise Financeira, o S&P 500 se desvaloriza cerca de 24% durante uma recessão desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Atualmente, a queda em relação ao pico até o nível atual foi de cerca de 17%. Portanto, ainda haveria muito espaço para uma queda, sobretudo porque a economia americana está em direção a uma recessão, o que, evidentemente, teria um efeito negativo sobre os lucros corporativos e os gastos dos consumidores.

A -5,6%, os analistas reduziram suas expectativas de resultados em outubro e novembro, de acordo com um relatório recente da FactSet. Isso é significativamente pior do que os últimos vinte trimestres (-2,1%) e quarenta trimestres (-2,7%). Não apenas isso, mas as expectativas de resultados em 2023 também estão em queda, com as projeções de LPA recuando 3,6% para US$ 232,52 nos últimos dois meses, ao mesmo tempo em que se estima que o índice P/L do S&P 500 suba de 15,2 para 17,6 ao longo do mesmo período.

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FactSet

Fonte: FactSet

O múltiplo médio do S&P 500 durante recessões é de 14,5. Com base no nível atual do SPX, isso resultaria em um desconto potencial maior de cerca de 17,6%, contanto que o mercado precifique adequadamente os riscos de recessão e dos resultados.

O gráfico do S&P 500 também está em linha com essa visão, já que o índice atingiu seu ponto mínimo apenas na semana passada. Com isso, houve uma correção dos preços, fazendo com que o S&P 500 recuasse para baixo da sua média dos últimos 200 dias. Nos EUA, a linha média é considerada um instrumento válido para determinar as tendências de preços de médio a longo prazo. Assim, os próximos dias serão de particular importância, haja vista que a próxima marca relevante que o índice deve defender é de 3.996 pontos. Se isso não acontecer, é possível que haja uma correção para as médias de 100 e 50 dias a 3.932 e 3.834 pontos.

Também é preciso ter cautela com o VIX, que recentemente caiu para 18,95 pontos, seu menor patamar desde abril de 2022, emitindo um claro sinal de alerta; afinal, o S&P 500 sempre virou para baixo neste ano quando o VIX estava perto ou abaixo de 20 pontos, ou para cima quando o indicador de volatilidade estava acima de 35 pontos (+-2).

VIX

O que também não se encaixa nesse cenário é o desempenho setorial do S&P 500 no último mês, quando os serviços de comunicação (NYSE:XLC) e de tecnologia (NYSE:XLK) registraram os melhores desempenhos. É verdade que ambos os setores geralmente têm melhor performance no início de um novo ciclo de negócios. No entanto, muito provavelmente estamos nos estágios finais do último ciclo de negócios, e não no início de um novo.

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Desempenho setorial

Em seu conjunto, o recente rali nada mais é do que um clássico movimento corretivo de um mercado de baixa, a menos que o Fed pise forte no freio nos próximos meses, reduzindo as taxas de muros e retomando a flexibilização quantitativa, o que parece improvável neste momento, em vista da prioridade de arrefecer a economia.

Aviso:O conteúdo não constitui qualquer recomendação de compra ou venda de qualquer tipo de ativo ou derivativo.

 

Últimos comentários

Otima analise. Parabens!
Bom mesmo tá aqui no Brasil, né?
Terrorismo barato
Vendem para nos comprar bancos safados .
A MELHOR FORMA DE MANIPULAR É COM ESSE TIPO DE PROPAGANDA
Não é não, a melhor forma é pelo sócio construtivismo.
Essas análises americanas são ótimas mas se e como afetaria o Brasil!!!!!...
Simples, se haverá inflação generalizada nos EUA, eles elevam sua taxa de juros, o que atrai o investidor de risco, aqui no Brasil, o resultado pe alta do real e nossa bolsa que eventualmente cai. Por outro lado, se não houver crescimento lá eles reduzem seus juros , fazendo os investidores correrem para o mercado acionário ou de risco.
Nada. A melhor forma de manipular é dentro das escolas infantis, por meio do sócio construtivismo, o aluno que aprende a ler por este método não consegue entender um texto, e não desenvolve visão crítica, de forma que basta o comportamneto do grupo para o manipulado querer ser aceito pelo grupo, logo , por não ter visão crítica, o aluno aceita como argumentos Slogans, e como se fosse um poema, lê textos formais, se apegando mais á atmosfera do texto, do que ele diz em si.
quem confia em um cofre com um ladrão na porta? só os manés de esquerda.
Que nada, agora que vem o bom, pior que esta não ficará, vou e meter bronca.
Vou É meter bronca.
Compra bolsa sim. Vai subir bastante com o Lula. Mete bronca "mané"
Aham... Sei.
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