A CVC (BVMF:CVCB3) Corp apresentou prejuízo líquido de R$ 128 milhões no primeiro trimestre de 2023, 23% menor do que no mesmo período de 2022. O Ebitda foi de R$ 15,8 milhões, queda de 52,5% em relação aos três primeiros meses do ano passado. Já a receita líquida no mesmo intervalo foi de R$ 295,5 milhões, alta de 0,9%.
As Reservas Confirmadas e Consumidas cresceram respectivamente 44% e 33% na comparação anual pela retomada de vendas de todas as unidades de negócio. Destaca-se, nas Reservas Consumidas, a participação do produto marítimo, com 800% de crescimento, e a continuidade pela demanda de viagens internacionais, com avanço de 71% no mesmo período.
O take rate (parcela do que a companhia recebe que fica no negócio) teve impacto por um desempenho aquém do esperado em produtos exclusivos, alto consumo das reservas confirmadas do período de Black Friday e participação recorde de produto marítimo. O indicador ficou em 7,4%, com queda de 2,3 pontos porcentuais.
A companhia lembra ainda que a conclusão do reperfilamento de suas debêntures aconteceu em 6 de abril, quando os debenturistas concordaram com os termos e condições propostos.
O fluxo de caixa nas atividades operacionais do trimestre foi negativo em R$ 199,3 milhões, e está impactado essencialmente, segundo a companhia, pelos efeitos da sazonalidade usual do negócio no primeiro trimestre do ano, pelo crescimento das operações e pela adequação do caixa médio e de final de período.
O resultado financeiro totalizou despesa líquida de R$ 96,7 milhões e o aumento de 8,9% em comparação ao mesmo período de 2022 deve-se, principalmente, aos efeitos do aumento do CDI médio que incide sobre a dívida líquida e encargos sobre as antecipações de recebíveis. Foram R$ 853,3 milhões o montante de antecipações realizadas neste trimestre, "em virtude de necessidade de caixa do período dado a sazonalidade do negócio e crescimento das operações".
Ao final 31 de março de 2023, o saldo em debêntures somava R$ 925,9 milhões, superior aos R$ 896,7 milhões verificados ao fim de 2022, e fazem ainda referência a dívida anteriormente detida pela Companhia (uma vez que a renegociação foi ratificada em Assembleia ocorrida apenas no início de abril).