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Departamento do Tesouro dos EUA impõe sanções ao Gazprombank da Rússia

Publicado 22.11.2024, 12:15
© Reuters. Logo do Gazprombank durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, na Rússian16/06/2022 REUTERS/Anton Vaganov
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Por Timothy Gardner e Daphne Psaledakis

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos impuseram novas sanções ao Gazprombank da Rússia na última quinta-feira, segundo o Departamento do Tesouro, com o presidente norte-americano, Joe Biden, intensificando punições contra Moscou pela invasão da Ucrânia antes de deixar o cargo em janeiro.

A medida, que utiliza a ferramenta de sanções mais poderosa do departamento, significa que o Gazprombank não pode lidar com nenhuma nova transação relacionada ao setor energético que entre em contato com o sistema financeiro dos Estados Unidos, proíbe comércio com os norte-americanos e congela seus ativos nos EUA.

O Gazprombank é um dos maiores bancos da Rússia e pertence parcialmente à empresa de gás Gazprom, de propriedade do Kremlin. A Ucrânia vinha pedindo desde a invasão de fevereiro de 2022 que os EUA impusessem mais sanções ao banco, que recebe pagamentos de gás natural dos clientes da Gazprom na Europa.

As sanções concederam isenções para transações relacionadas ao projeto de petróleo e gás Sakhalin-2 no extremo leste da Rússia até 28 de junho de 2025, de acordo com uma licença geral atualizada publicada pelo Departamento do Tesouro em 21 de novembro. Várias empresas japonesas compram gás natural liquefeito do Sakhalin-2.

Dias antes, o governo Biden permitiu que Kiev usasse mísseis ATACMS dos EUA para atacar território russo. A Ucrânia disparou as armas, os mísseis de maior alcance que Washington forneceu para tais ataques contra a Rússia, na última terça-feira -- o milésimo dia da guerra.

O Tesouro dos EUA também impôs sanções a 50 bancos russos de pequeno a médio porte para restringir as conexões do país com o sistema financeiro internacional e impedir que ele abuse desse sistema para pagar por tecnologia e equipamentos necessários para a guerra. O governo advertiu que as instituições financeiras estrangeiras que mantêm relações de correspondência com os bancos visados "incorrem em um risco significativo de sanções".

"Essa ação abrangente tornará mais difícil para o Kremlin burlar as sanções dos EUA e financiar e equipar suas Forças Armadas", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen. "Continuaremos a tomar medidas decisivas contra quaisquer canais financeiros que a Rússia utilize para apoiar sua guerra ilegal e não provocada na Ucrânia."

O Gazprombank disse que a última medida de Washington não afetaria suas operações. A embaixada russa em Washington não respondeu aos pedidos de comentários.

O Tesouro norte-americano também emitiu duas novas licenças gerais autorizando entidades dos EUA a encerrar transações envolvendo o Gazprombank, entre outras instituições financeiras, e a tomar medidas para se desfazer de dívidas ou ações emitidas pelo Gazprombank.

O Gazprombank é um canal para a Rússia comprar material militar em sua guerra contra a Ucrânia, segundo o Tesouro. O governo russo também usa o banco para pagar seus soldados, incluindo bônus de combate, e para indenizar as famílias de seus soldados mortos na guerra.

O governo acredita que as novas sanções melhoram a posição da Ucrânia no campo de batalha e a capacidade de alcançar uma paz justa, disse uma fonte familiarizada com o assunto.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, teria o poder de remover as sanções, impostas sob uma decreto de Biden, se ele quiser adotar uma postura diferente, disse Douglas Jacobson, um advogado comercial baseado em Washington.A equipe de transição de Trump não respondeu a um pedido de comentário em um primeiro momento.

© Reuters. Logo do Gazprombank durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, na Rússia
16/06/2022 REUTERS/Anton Vaganov

(Reportagem de Timothy Gardner e Daphne Psaledakis; Reportagem adicional de Susan Heavey, em Washington; Redação de Moscou, Alexander Marrow, em Londres; Jan Lopatkal, em Praga, e Emily Chow, em Cingapura)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS ES

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