Dono da Starlink, Musk acusa erroneamente Verizon de operar sistema de aviação defeituoso nos EUA

Publicado 27.02.2025, 20:40
Atualizado 27.02.2025, 20:45
© Reuters. Elon Muskn26/02/2025nREUTERS/Brian Snyder

Por David Shepardson e Mrinmay Dey

WASHINGTON (Reuters) - O bilionário e conselheiro especial da Presidência dos Estados Unidos, Elon Musk, acusou nesta quinta-feira erroneamente a Verizon (NYSE:VZ), provedor rival do sistema SpaceX Starlink, que pertence a ele, de colocar a segurança dos Estados Unidos em risco por meio de um sistema de comunicações que é, na verdade, operado pela empresa L3Harris.

Musk admitiu que errou quando afirmou que a Verizon operava o sistema de comunicação da Administração Federal de Aviação (FAA).

“Correção: o sistema antigo que está em rápido declínio de capacidade foi feito pela L3Harris. O novo sistema, que ainda não está operacional, é da Verizon”, escreveu Musk nas redes sociais.

A Verizon, que opera a maior rede sem fio dos EUA, rejeitou a acusação inicial de Musk com um comunicado, dizendo que havia acabado de começar a trabalhar no sistema.

"A avaliação da FAA é que falta um dígito de meses para uma falha catastrófica, colocando a segurança dos passageiros aéreos em sério risco", afirmou Musk em sua postagem original.

A Verizon respondeu: “Para deixar claro, os sistemas atuais da FAA são da L3Harris e não da Verizon. Estamos no início do nosso contrato plurianual para substituir sistemas antigos e obsoletos. Nossas equipes estão trabalhando com as equipes de tecnologia da FAA e nossa solução está pronta para ser implementada”.

A L3Harris não comentou imediatamente sobre o tema.

Na quarta-feira, o jornal The Washington Post informou que a FAA estava perto de cancelar o seu contrato de 15 anos assinado com a Verizon em 2023, por 2,4 bilhões de dólares, feito com o objetivo de reformar o sistema de comunicações da entidade. O contrato seria então dado à Starlink, de Musk. A FAA afirmou que ainda não tomou uma decisão sobre o contrato.

Nesta semana, a FAA afirmou que está testando três terminais da Starlink em uma instalação do governo no Alaska, em resposta a temores sobre a confiabilidade das informações meteorológicas para a comunidade da aviação no Estado.

“A FAA está considerando o uso da Starlink desde o governo passado, para melhorar a confiabilidade nos locais remotos, incluindo o Alaska”, informou a FAA nesta semana. A agência não comentou imediatamente sobre o tuíte de Musk.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou Musk para chefiar um grupo chamado Doge, ou Departamento de Eficiência Governamental.

A FAA demitiu 350 funcionários na semana passada, como parte de um esforço liderado pelo Doge para encolher o tamanho do governo. O secretário de Transportes, Sean Duffy, afirmou que nenhum dos demitidos era controlador de tráfego aéreo ou tinha papel fundamental para a segurança aérea.

Uma equipe do Doge, composta por engenheiros da SpaceX e atuando como funcionários especiais do governo, visitou a FAA na semana passada.

(Reportagem de David Shepardson em Washington e Mrinmay Dey em Bangalore)

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