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É inconcebível uma única empresa ter 98% do refino do Brasil, diz CEO da Petrobras

Publicado 08.01.2019, 16:15
Atualizado 08.01.2019, 16:20
© Reuters. Roberto Castello Branco, o novo CEO da Petrobras, durante a cerimônia de sua posse

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Não é concebível que apenas uma empresa tenha 98 por cento da capacidade de refino do país, afirmou o novo presidente da Petrobras (SA:PETR4), Roberto Castello Branco, em entrevista a um canal interno da companhia, onde defendeu que a empresa precisa avaliar a venda de algumas refinarias.

Ao tomar posse na semana passada, o executivo já havia afirmado que "o relevante é ser forte e não ser gigante" e declarou que monopólios são "inadmissíveis" em sociedades livres.

"Não é concebível que uma única companhia tenha 98 por cento da capacidade de refino, seja ela qual for, em um país. E nós estamos sendo alvo de ações do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)", disse Castello Branco, no vídeo distribuído à força de trabalho, ao qual a Reuters teve acesso.

"Será que é bom para a Petrobras de fato ter quase a totalidade da capacidade de refino no país? Eu acho que isso nos expõe a críticas e ataques por parte de muitas pessoas, de segmentos da sociedade, como foi feito na greve dos caminhoneiros."

A paralisação dos caminhoneiros, citada pelo executivo, ocorreu em maio do ano passado contra os altos preços do diesel. Na ocasião, a política de preços da Petrobras --que segue indicadores internacionais em busca de rentabilidade-- foi alvo de críticas.

Como resultado, o governo lançou um programa de subsídio ao diesel fóssil, amplamente criticado pelo mercado e por Castello Branco. A subvenção terminou no fim de 2018.

"Será que nós não poderíamos fazer melhor vendendo algumas refinarias e utilizando esses recursos para financiar o pré-sal, onde nós somos o número 1 do mundo? Essas questões têm que ser levantadas e respondidas", afirmou.

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O ex-presidente da Petrobras Pedro Parente, que renunciou em meio à crise dos caminhoneiros, lançou um plano para vender 60 por cento da participação da empresa em ativos de refino e logística no Nordeste e Sul do país.

Mas a ideia foi paralisada, depois que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a venda de ações de empresas públicas, sociedades de economia mista ou de suas subsidiárias ou controladas exige prévia autorização legislativa.

Uma privatização da Petrobras, no entanto, não está sobre a mesa, frisou Castello Branco. Também não há plano para redução do efetivo.

"Eu não tenho nenhum mandato para privatizar a Petrobras e nem eu, se tivesse, gostaria de transmitir o controle dessa empresa para uma empresa privada. Nós teríamos que pensar em algo mais inteligente. O que pode acontecer são eventuais desinvestimentos", afirmou.

No atual plano de negócios da Petrobras 2019-2023, publicado no fim do ano passado pela gestão anterior, de Ivan Monteiro, estão previstos desinvestimentos de 26,9 bilhões de dólares, com o objetivo de readequar o portfólio e reduzir a sua enorme dívida.

Castello Branco ponderou no vídeo que os níveis de endividamento da empresa se reduziram bastante nos últimos tempos, mas afirmou que "ainda são altos em relação ao que se requer de uma empresa que produz commodities minerais".

Segundo ele, o foco da empresa permanecerá em exploração e produção de grandes campos de petróleo e gás em águas profundas e que planeja acelerar a extração das commodities. No entanto, o executivo não descartou realizar mudanças no plano de negócios atual.

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"Não tenho críticas severas em relação ao material, mas preciso de mais tempo para analisar. Talvez fazer alguns ajustes marginais", disse Castello Branco, sem oferecer detalhes.

(Por Marta Nogueira)

Últimos comentários

o mercado de refino está aberto. Por que os concorrentes não constroem refinarias para concorrer? Por que a empresa tem que vender uma refinaria para arrumar concorrente para ela mesma? Estranho isso. O correto seria governo incentivar os concorrentes a construírem outras refinarias para ter mais concorrêcia, não? Qual empresa capitalista do planeta quer gerar concorrência para si mesma?
Muito estranho.
Porque empresários do transporte urbano não investem em ônibus a gás natural ou elétrico pra ver se diminui a poluição?
O que não é aceitável, é tornar ociosa a capacidade de refino da Petrobras, reduzindo em 60% sua capacidade de refino como foi feito lá atrás, com a finalidade clara de aumentar a importação de derivados, atrelar o preço dos combustíveis aos dos  mercado internacional, sacrificando com isso terrivelmente o consumidor brasileiro, e criando ambiente favorável para desfazer de refinarias extremamente lucrativas e estratégica.  (A greve dos caminhoneiros foi em razão disso  (Presidente), e não por outra coisa que se queira enfiar goela abaixo do povo). É possível até, que essas refinarias sejam as mesmas que o senhor cita. No mesmo norte, os altos preços do diesel, que o senhor se refere, está grandemente ligado ao "Cartel", o senhor sabe de qual cartel me refiro né? Resumindo, das treze maiores petroleira do mundo (todas Estatais), o Senhor conhece alguma delas que o "Estado" ao qual elas pertence, queira ou pretende abrir mão do monopólio? A Petrobras (Presidente) ESTÁ ENTRE AS TREZE!
além de o refino ter as piores margens do setor inteiro.
Acho incrível o planeta inteiro investindo em energia renovável e a Petrobras sem cogitar a exploração de qualquer outro tipo de energia, fazendo sempre o mesmo.... O mundo dá voltas....
Ele tá certo o foco da Petrobrás tem que ser só exploração e produção.Deveriam criar outra empresa especializada no refino.
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