SÃO PAULO (Reuters) - A EDP (SA:ENBR3) Brasil já indicou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ao Ministério de Minas e Energia a intenção de prorrogar a concessão de sua distribuidora de energia no Espírito Santo, cujo contrato se encerra em 2025, disse nesta quinta-feira o presidente do grupo, João Marques da Cruz.
"Todas as conversas têm sido positivas com o poder concedente", disse o executivo em teleconferência com investidores. "Não trabalhamos com cenário de renovação onerosa, trabalhamos no cenário da lei e dos precedentes, das últimas prorrogações."
Ainda na teleconferência, Cruz reiterou a aposta da companhia em geração de energia solar.
No segmento de grandes usinas solares, a EDP Brasil deve desenvolver mais dois projetos ao longo deste ano junto com a EDP Renováveis, disse ele.
Na véspera, ele disse a jornalistas que a empresa está próxima de anunciar um projeto solar em São Paulo, de 250 MW, e trabalha para concretizar um outro projeto em Minas Gerais.
Em relação aos ativos hídricos, a companhia pretende manter os mecanismos de proteção ao risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês), que prejudicou os resultados das geradoras no ano passado devido à escassez de chuvas. A expectativa é de que o GSF siga na casa dos 20%, disse o CFO, Henrique Freire.
Para 2022, a EDP Brasil tem um hedge de 25% para seu portfólio de hidrelétricas (ante 24% em 2021), usando mecanismos de recompra de energia e descontratação de garantia física. Para o biênio 2023-2024, o índice é de 20%.
(Por Letícia Fucuchima)