SÃO PAULO (Reuters) - Um grupo de empresários entregou ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva0 um conjunto de recomendações de políticas públicas em preparação para a cúpula que vai reunir dirigentes das 20 maiores economias do mundo (G20) no Rio de Janeiro em novembro.
Chamado de B20, o grupo afirma ser o "mais influente" da cúpula do G20 e é formado por cerca de 1.000 empresários dos países do grupo de países e de organizações internacionais.
As propostas, 24, serão debatidas em fórum específico do B20 em outubro e são uma tentativa do setor privado de influenciar as decisões do G20. Segundo o grupo é a "primeira vez que as recomendações do setor privado são apresentadas antecipadamente à liderança do grupo (G20)".
O B20 Brasil é coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidido por Dan Ioschpe, presidente do conselho de administração da fabricante de autopeças Iochpe-Maxion (BVMF:MYPK3).
As propostas incluem "revisar o papel do financiamento público para melhorar a eficiência de alocação de capital em prol do financiamento climático". O grupo tem interesse em mobilizar recursos privados para destravar investimentos.
O grupo incentiva ainda políticas como as que permitam "triplicar a capacidade energética renovável" até 2030 e criar metodologias aceitas internacionalmente de cálculo de pegada de carbono e governança responsável sobre tecnologias de inteligência artificial.
As sugestões estão sendo entregues ao governo federal em um momento em que vários Estados brasileiros são atingidos por milhares de focos de incêndios que causaram bilhões de reais em prejuízos e deixaram cidades encobertas por fumaça.
No fim de semana, a ministros do governo Lula sugeriram que a onda de fogo que atingiu dezenas de cidades no interior de São Paulo tem origem criminosa e que a Polícia Federal abriu mais de 30 inquéritos sobre queimadas que atingem também a Amazônia e o Pantanal com intensidade neste ano.
(Por Alberto Alerigi Jr.)