Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O BTG Pactual (SA:BPAC11) avalia que as empresas de proteína estão apresentando cenários favoráveis nos últimos anos, deixando a alavancagem nas mínimas históricas e estabelecendo perfis confortáveis de dívida. O banco espera que essa fase esteja chegando ao fim, com as companhias priorizando novos ciclos de crescimento ou se concentrando na distribuição de dividendos.
No momento, o banco opta pelos players de bovinos, já que as margens devem permanecer mais saudáveis diante da demanda de exportação por parte da China, a escassez de oferta global e forte impulso nos EUA.
JBS (SA:JBSS3)
A recomendação de compra das ações da JBS é baseada na diversificação que a empresa possui. Essa característica aumenta a resiliência frente às desacelerações do ciclo. O forte fluxo de caixa e a desalavancagem permite que a empresa acelere seus investimentos, consolide a indústria e entre em novos mercados.
Minerva (SA:BEEF3)
A forte capacidade de execução nas importações, apesar da menor escala, sustentam a recomendação de compra dos ativos da Minerva. Mesmo diante do ciclo de queda do gado, a empresa manteve o Ebtida de 8-9% na América do Sul, impulsionada pela sua presença no mercado de exportação. Além disso, investimentos menos agressivos fazem com que a empresa mantenha o foco na geração de caixa e na distribuição de dividendos.
Marfrig (SA:MRFG3)
O BTG Pactual recomenda a manutenção da Marfrig na carteira, já que as operações nos EUA geraram uma boa desalavancagem. Mas os investimentos agressivos, como a compra de ações da BRF, levantam dúvidas sobre os próximos passos.
BRF (SA:BRFS3)
O cenário mais competitivo e um ciclo baixo de aves em meio à alta nos custos dos grãos, tornam o cenário mais desafiador para a BRF. Apesar de sua forte execução e diversificação, a empresa tem indicadores de balanço patrimonial mais pressionados, juntamente com seu plano de investimentos cada vez maior. A recomendação é de manutenção.