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Energia solar por assinatura chega à Grande São Paulo com serviço da energytech Sun Mobi

Publicado 20.07.2023, 12:47
© Reuters. Painéis solares
28/06/2023
REUTERS/Piroschka van de Wouw
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Por Letícia Fucuchima

(Reuters) - A energytech Sun Mobi começará a oferecer no próximo mês energia solar por assinatura para consumidores da Região Metropolitana de São Paulo e capital, um mercado com grande potencial de crescimento e que até então era inexplorado para o serviço já difundido no interior e litoral paulista e em outros Estados.

A energia para atender os clientes, principalmente pequenos negócios e residências, será gerada em uma usina solar instalada no telhado de galpões logísticos em Cajamar (SP). Com 2,5 megawatts (MW) de potência, o empreendimento foi erguido por uma empresa de engenharia parceira da Sun Mobi, com investimentos estimados entre 10 milhões a 15 milhões de reais.

"A usina já está em operação, estamos só nos processos formais finais com a concessionária (distribuidora Enel (BIT:ENEI) São Paulo) de mudança de titularidade... Isso deve acontecer já no próximo mês", afirmou Guilherme Susteras, sócio da Sun Mobi.

Uma das modalidades da geração distribuída de energia, que cresce a taxas expressivas no Brasil, a energia solar "por assinatura" dispensa a instalação de painéis solares no local de consumo e outros investimentos por parte do consumidor.

O serviço pode ser contratado de forma digital e, após habilitação pela fornecedora junto à distribuidora de energia, o consumidor passa a estar vinculado a uma usina solar remota, recebendo créditos por essa geração que reduzem o valor final de sua conta de luz.

Os principais mercados atualmente para a "assinatura solar" são Minas Gerais, na área de concessão da Cemig (BVMF:CMIG4), maior distribuidora do Brasil, e o interior e litoral de São Paulo, hoje principal Estado para a geração distribuída, em áreas atendidas pela CPFL (BVMF:CPFE3), por exemplo.

Uma das dificuldades para que esse serviço chegasse à capital paulista era encontrar área para a construção das usinas solares, apontou Susteras.

"Para uma usina de 2,5 MW, você precisa de cerca de 2,5 hectares. Aí você calcula quanto custa uma área dessa na cidade de São Paulo ou Grande São Paulo. É muito difícil achar", explicou o sócio da Sun Mobi, que é uma das primeiras energytechs a atuar nesse mercado no Brasil.

A alternativa foi utilizar o telhado de galpões logísticos para instalar os painéis fotovoltaicos.

"Nossa usina foi construída como parte do projeto original do galpão... Alguns operadores de galpão, na virada da lei 14.300 (marco legal da geração distribuída), já pediram autorização para um dia construir (usinas) nos seus telhados. Talvez nos próximos 6 a 18 meses, vamos ver outros operadores de galpão inaugurando suas usinas de telhado", avaliou.

Segundo o executivo, a modalidade por assinatura permite "democratizar" o acesso à energia renovável para residências e pequenos comércios e serviços, sendo este o foco da empresa.

"Nosso foco principal são micro e pequeno negócios, que é a turma para quem mais pesa mais a energia como parte do orçamento. E normalmente são empresários que não têm acesso a crédito para fazer seu próprio investimento... são restaurantes, padarias, lavanderias, pequenos mercados de bairro".

A energytech oferece hoje o serviço no interior e litoral paulista, na área de concessão da CPFL Piratininga, e também em cidades do Paraná atendidas pela Copel (BVMF:CPLE6). Até o fim do ano, a expectativa é de inaugurar mais uma usina, dessa vez para clientes na área da distribuidora Elektro, da Neoenergia (BVMF:NEOE3).

© Reuters. Painéis solares
28/06/2023
REUTERS/Piroschka van de Wouw

Além da Sun Mobi, outras empresas vêm investindo no segmento, ainda pouco representantivo na geração distribuída, com 610 MW de potência frente a um total de 22 mil MW de sistemas solares distribuídos no Brasil, segundo dados da agência reguladora Aneel compilados pela associação Absolar.

Entre as empresas que foram atraídas a esse mercado, estão a Cemig SIM, a Energisa (BVMF:ENGI11), a Órigo -- uma investida da Mitsui e fundos de investimento -- e até mesmo operadoras de telecom.

 

(Por Letícia Fucuchima)

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