Por Gabriel Codas
Investing.com - A elétrica Energisa (SA:ENGI4) registrou lucro líquido de R$ 518,7 milhões no primeiro trimestre, alta de 351,7% em relação a igual período do ano anterior.
Segundo comunicado da Energisa, o resultado foi impactado positivamente pelo registro contábil de R$ 440,5 milhões da marcação a mercado do bônus de subscrição da 7ª emissão da companhia.
Com isso, por volta das 12h10, os ativos ENGI11 cediam 0,51% a R$ 41,29.
Visão dos analistas
Na visão do BTG Pactual (SA:BPAC11), a alavancagem no primeiro trimestre atingiu 3,5x ND/EBITDA, mas o mais importante foi que o caixa da Energisa totalizou R$ 5,4 bilhões, um aumento de R$ 938 milhões quando comparado ao 4T19. Para se proteger da pandemia atual, a empresa recentemente levantou novos recursos e rolou sobre sua dívida, concentrada principalmente em 2022 e 2023. Isso significa que a Energisa agora está em uma posição muito mais confortável em termos de liquidez, uma vez que os pagamentos principais para 2020 e 2021 somam R$ 4,7 bilhões.
O preço-alvo de R$ 58 é derivado do DCF e descontado a uma taxa WACC real de 5,4% para a concessão com benefícios fiscais Sudam/Sudene e a 4,8% sem os benefícios.
Balanço
No trimestre, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da empresa foram de 929 milhões de reais, alta de 2,7% na comparação anual.
A Energisa destacou que teve um avanço de mercado acima da média do consumo nacional, mas que a pandemia de coronavírus alterou a tendência de crescimento a partir da segunda quinzena de março.
A companhia disse que as obras em andamento nas distribuidoras não sofreram impactos relevantes da crise. Destacou ainda uma busca por redução de 7% a 12% nas despesas gerenciáveis e a renegociação e alongamento de 80% dos empréstimos que venceriam em 2020.