Eneva vê despacho elevado de térmicas e necessidade "premente" de capacidade para setor elétrico

Publicado 14.08.2025, 12:13
Atualizado 14.08.2025, 12:16
© Reuters.

SÃO PAULO (Reuters) - Executivos da Eneva projetaram nesta quinta-feira um elevado despacho para as usinas termelétricas da companhia nos próximos meses, e voltaram a defender a necessidade de realização pelo governo de um leilão para contratar mais capacidade para o setor elétrico brasileiro.

Em teleconferência de resultados, o diretor de Marketing, Comercialização e Novos Negócios, Marcelo Lopes, disse enxergar "despacho bem intenso" do complexo termelétrico Parnaíba no segundo semestre, pelo menos até o mês de novembro, considerando os atuais níveis de preço de energia e custo de operação mais elevado do sistema elétrico durante o período seco.

Já para as usinas termelétricas Celse e Linhares, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já realizou despacho antecipado para o mês de outubro, mas há possibilidade de despacho flexível dos empreendimentos em novembro e dezembro, disse o executivo.

Lino Cançado, diretor-presidente da Eneva, ressaltou a importância do certame que vem sendo estruturado pelo governo para contratar mais capacidade para o sistema elétrico.

"Para quem acompanha as notícias e vê tanto o ONS (operador do sistema) quanto declarações do Ministério de Minas e Energia, existe uma premente necessidade de adição de capacidade no sistema energético brasileiro, e nós acreditamos nisso", disse Cançado.

"Isso, para nós, é parque de diversão para os nossos modelos de negócios. Estamos fazendo investimentos para nos prepararmos para as oportunidades que virão", acrescentou ele.

A Eneva registrou no balanço do segundo trimestre R$566 milhões em investimentos para desenvolvimento de novos negócios. Porém, não foram fornecidos detalhes sobre a rubrica, já que esses investimentos envolvem informações comercialmente sensíveis.

A geradora, uma das maiores no mercado de gás natural brasileiro, aguarda o leilão de reserva de capacidade para tentar a recontratação de algumas de suas usinas, além de viabilizar novos empreendimentos. O governo cancelou o certame que seria realizado este ano, e uma nova licitação só deverá ocorrer em 2026.

Já na frente de exploração, o diretor-presidente da Eneva afirmou que a companhia ainda está concluindo processo sísmico da Bacia do Paraná e tem intenção de perfurar somente em 2027.

 

(Por Letícia Fucuchima)

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