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Espresso Financista: Após ganhos, mercado realiza lucros de olho em Brexit

Publicado 30.06.2016, 08:56
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As bolsas europeias e os índices futuros em Wall Street exibem fracas valorizações (Frank Rumpenhorst/AFP)

SÃO PAULO - Bom dia! Aqui está a sua dose diária do Espresso Financista™:

Apito inicial

Investidores realizam lucros nesta quinta-feira (30) depois da forte alta dos últimos dois dias que marcou uma recuperação dos mercados após o tombo pela decisão dos britânicos de sair da União Europeia. Passado o pânico inicial e a sensação de suporte de autoridades e bancos centrais, as incertezas relacionadas às consequências do Brexit permanecem no radar.

Para o megainvestidor George Soros, a Europa passa por um “risco mortal” após ter sido desintegrada com a intenção de saída do Reino Unido. Diante do Parlamento Europeu, Soros pediu mais estímulos econômicos para a região não aprofundar a crise.

Considerado um dos favoritos para substituir David Cameron como primeiro-ministro britânico, o ex-prefeito de Londres Boris Johnson anunciou que que não será candidato ao cargo. Ele afirmou que, após consultar colegas e "em vista das circunstâncias no Parlamento", concluiu que não poderá ser o próximo líder conservador.

As bolsas europeias e os índices futuros em Wall Street exibem fracas valorizações, completando três altas seguidas, enquanto os preços do petróleo recuam, embora o barril tipo Brent, negociado em Londres, siga acima de US$ 50.

No Brasil, os agentes especulam sobre a possibilidade de mudança da meta de inflação para 2018 de 4,5% para 4% ou 4,25% em reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional). A medida poderia influenciar nas expectativas de inflação, facilitando a ancoragem. "Nesse caso, aumentaria a probabilidade de um cenário mais cauteloso para a condução da política monetária no curto prazo do que o mercado trabalha”, avalia a consultoria LCA, em nota.

Para a consultoria Roubini Global Economics, do economista Nouriel Roubini, o Banco Central irá manter a taxa de juro em 14,25% ao ano até outubro, quando começará os cortes “assumindo que reformas fiscais modestas e a queda nas expectativas inflacionárias permitam tal mudança”, dizem os economistas André Pacheco e Ariel Rajnerman. A estimativa é de uma Selic a 13,25% no final de 2016 e a 11% em dezembro de 2017.

No âmbito político, as dificuldades inerentes ao status provisório da presidência tornam-se mais patentes. Alvo de senadores em prol de eventual lobby ao transporte regional, o governo Michel Temer se comprometeu a vetar trecho de MP que permitiria ampliar até 100% o capital estrangeiro em empresas aéreas brasileiras. As ações da Gol caíram 7% na véspera.

O poder e a economia

PF - A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira uma operação em Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo para desmontar um esquema suspeito de lavagem de dinheiro envolvendo verbas públicas, que tem entre os acusados o dono e ex-presidente da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, segundo a TV Globo.

Confiança 1 - O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do Brasil apresentou alta em junho pela quarta vez seguida diante da forte melhora das expectativas e chegou ao maior nível em um ano, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Confiança 2 - O Índice de Confiança do Comércio (Icom) do Brasil subiu pelo segundo mês seguido em junho e atingiu o nível mais alto desde maio do ano passado, de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta quinta-feira.

Reajuste - O Senado aprovou nesta quarta-feira um reajuste de 41,47 por cento para os servidores do Judiciário, que custará aos cofres públicos este ano 1,7 bilhão de reais, e o projeto segue agora para sanção do presidente interino, Michel Temer.

Selic - Para a consultoria Roubini Global Economics, do economista Nouriel Roubini, o Banco Central irá manter a taxa de juro em 14,25% ao ano até outubro, quando começará os cortes.

O que acontece no mundo corporativo

Aceito - O juiz da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Fernando Viana, deferiu nesta quarta-feira o pedido de recuperação judicial do Grupo Oi (SA:OIBR4), formado pelas empresas Oi, Telemar Norte Leste, Oi Móvel, Copart 4 e 5 Participações, Portugal Telecom e Oi Brasil, destacando a importância da empresa para a economia brasileira.

Correios - O Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, deve registrar um rombo de R$ 1,2 bilhão em 2015, segundo fontes consultadas pelo jornal O Estado de S. Paulo. A partir desta quinta-feira, 30, os funcionários e aposentados dos Correios começam a pagar uma contribuição extra sobre os benefícios para o equacionamento do déficit de R$ 5,6 bilhões de 2014.

Correios 2 - O novo presidente dos Correios, Guilherme Campos, pedirá ao Tesouro Nacional uma injeção de R$ 6 bilhões para a estatal que passou a comandar neste mês. Segundo ele, o valor foi calculado com base no montante que a companhia repassou à sua controladora, a União, nos últimos anos, além do mínimo exigido.

Petrobras (SA:PETR4) - O conselho de administração da Petrobras aprovou, em reunião realizada na quarta-feira, 29, a criação da Diretoria de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão, elevando de sete para oito o número de membros de sua Diretoria Executiva.

Refino - A Petrobras informa que a Refinaria Abreu e Lima (RNEST) processou uma carga média de 94,8 mil barris de petróleo por dia (bpd) maio, atingindo um novo recorde mensal. Em comunicado, a estatal destaca que o volume supera em 3,8 mil, ou 4,2%, o recorde anterior de 91 mil barris por dia observado em março deste ano.

Klabin (SA:KLBN4) - A empresa, que é vista por muitos analistas como a melhor ação do setor de papel e celulose, teve a nota de crédito cortada pela S&P. A agência alterou o rating de BBB- para BB+ e perdeu o grau de investimento. “O rebaixamento reflete nossa visão de que o ritmo de redução da dívida da Klabin será mais lento em face dos resultados operacionais mais fracos que o esperado”, mostra o comunicado.

Do meu jeito 1 - A Ser Educacional (SA:SEER3) acredita que esta pode ser a última rodada de propostas pelo controle da Estácio (SA:ESTC3) (Kroton e a família Zaher também querem a universidade), disse uma pessoa com conhecimento das negociações a O Financista. A Ser toparia aliviar a exigência de controle da gestão? “Eles preferiam ficar sozinhos”, disse essa mesma fonte.

Do meu jeito 2 - A Kroton Educacional (SA:KROT3) não vai mudar a relação de troca proposta em sua oferta de aquisição da Estácio, mesmo após o anúncio de uma oferta melhorada da Ser Educacional, segundo a Reuters. A proposta da Kroton contempla relação de troca de 1,25 ação de sua emissão para cada 1 ação da Estácio.

Não é comigo... - O secretário de Telecomunicações André Borges afirmou que a salvação do grupo Oi está na recuperação judicial pedida na semana passada, não nas planejadas mudanças de regulação do setor sendo preparadas pelo governo.

... Nem comigo - O presidente-executivo da América Móvil no Brasil, José Félix, disse que o processo de recuperação judicial da rival Oi não estimula a consolidação no setor de telecomunicações no país, diante da insegurança jurídica e da elevada carga tributária que atingem a indústria.

Onde mesmo? - O presidente-executivo da Fibria (SA:FIBR3), Marcelo Castelli, disse que a companhia tem exposição grande na Europa, mas muito pouca no Reino Unido, cujo referendo na semana passada decidiu pela saída do bloco comercial.

Dando um tempo - A Raízen, maior produtora de açúcar do mundo, retomará as operações da usina Bom Retiro em meados de 2017, em meio a um cenário de preços futuros da commodity mais altos no mercado global do que estavam em 2015, quando as atividades na unidade foram paralisadas, segundo a Reuters.

Para comentar mais tarde

Kahneman: “A maioria que perde pensa que está ganhando”. Deixe sua carteira de investimentos em paz e não tenha medo de se arrepender e mudar de ideia. As recomendações de Daniel Kahneman, 82, Prêmio Nobel de Economia em 2002, ultrapassam o universo das finanças. Leia mais na entrevista concedida a Conrado Mazzoni, de O Financista.

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