SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de materiais de construção Eternit (SA:ETER3) informou nesta sexta-feira que decidiu manter em suspenso ativos de sua mineradora de amianto em Goiás, Sama, e com isso demitir todos os funcionários da unidade.
A empresa, que teve plano de recuperação judicial aprovado por credores nesta semana, aguarda desde fevereiro que o Supremo Tribunal Federal (STF) avalie um recurso que pede modulação para a ordem de fechamento das atividades de mineração da companhia, período em que pretendia continua apenas como exportadora de amianto crisotila.
"Desde 11 de fevereiro, portanto há mais de três meses, a Sama encontra-se com suas atividades paralisadas aguardando a decisão do Supremo Tribunal Federal quanto ao pedido de efeito suspensivo, o que não ocorreu", afirmou a Eternit em comunicado ao mercado, sem informar o número de funcionários atingidos pela decisão.
A Sama foi responsável por 18 por cento da receita consolidada do Grupo Eternit no primeiro trimestre.
Os ativos imobilizados da mineradora serão mantidos em condição de pronta retomada de produção, sob gestão de uma equipe de funcionários da Eternit, no aguardo da manifestação do STF, acrescentou a companhia.