Por Stephanie Kelly e Jarrett Renshaw
NOVA YORK (Reuters) - Os mandatos de mistura de biocombustíveis da Agência de Proteção Ambiental (EPA, sigla em inglês) dos Estados Unidos para este e o próximo ano provavelmente estarão alinhados aos de 2020, com a agência considerando que a demanda do combustível estará fraca devido ao desenvolvimento da pandemia do coronavírus, conforme afirmaram três fontes com conhecimento do assunto.
Isso reduziria custos de refinarias dos Estados Unidos associados às expansões anuais de obrigações de volumes renováveis, de acordo com o Padrão de Combustível Renovável (RFS, na sigla em inglês), afetando produtores de biocombustíveis, que dependem de aumentos na mistura para expandir o negócio.
O RFS exige que as refinarias misturem bilhões de galões de biocombustíveis, como etanol de milho e biodiesel em seu combustível, ou que comprem créditos de descarbonização. A quantidade necessária de biocombustíveis pode aumentar a cada ano, na expectativa de diminuir importação de petróleo e ajudar os produtores locais.
A EPA administra o programa e deve propor novos mandatos de volumes a cada ano. Porém a administração do ex-presidente Donald Trump atrasou a proposta de 2021, devido à pandemia e diante do processo eleitoral, com o político cortejando votos dos setores de petróleo e agrícola.
Agora a agência pretende divulgar as propostas de volumes de 2021 e 2022.
Na última decisão finalizada, que saiu no fim de 2019, a EPA propôs que as refinarias deveriam misturar 20,09 bilhões de galões de combustíves renováveis na mistura do combustível do país para o ano de 2020. O mandato incluía 15 bilhões de galões de biocombustíveis convencionais, como etanol, com o restante incluindo outras formas de biocombustíveis.
A administração do Biden também espera apontar como veículos eletrônicos poderiam qualificar como créditos negociáveis no programa, segundo reportagem da Reuters.
(Stephanie Kelly Jarrett Renshaw)