Petrobras pode redirecionar petróleo para Ásia devido à tarifa dos EUA, diz CEO

Publicado 17.07.2025, 11:58
Atualizado 17.07.2025, 12:00
© Reuters. Presidente da Petrobras, Magda Chambriard, durante entrevista à Reuters na sede da empresa, no Rio de Janeiron05/06/2025nREUTERS/Ricardo Moraes

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (BVMF:PETR4) pode redirecionar o petróleo que vende para os Estados Unidos, enviando mais cargas para os mercados da Ásia e da Ásia-Pacífico devido às tarifas mais altas anunciadas pelos EUA sobre o Brasil, disse a presidente-executiva da estatal à Reuters nesta quinta-feira.

Embora as exportações de petróleo e gás representem uma parcela significativa dos embarques totais do Brasil para os Estados Unidos, a CEO da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que o mercado norte-americano não é essencial para a empresa.

"É pouca coisa (que a Petrobras exporta para os EUA). Em geral, não estamos muito preocupados, dá para realocar", disse Chambriard, em seu primeiro comentário público sobre a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ao Brasil na semana passada.

As exportações para os EUA representaram cerca de 4% do total de embarques de petróleo da Petrobras no primeiro trimestre.

Também é improvável que os EUA sintam um grande impacto se o Brasil interromper as exportações, já que o país sul-americano forneceu menos de 3% do petróleo que os EUA consumiram até agora em 2025, segundo a consultoria StoneX.

As declarações de Chambriard ocorrem em meio à incerteza no Brasil sobre se a nova rodada de tarifas, que entrará em vigor em 1º de agosto, impactará o petróleo. A commodity estava isenta das tarifas anteriores de 10% impostas por Trump.

Em derivados de petróleo, as exportações da Petrobras para os EUA representaram 37% de um total de 209 mil barris por dia no primeiro trimestre, mas analistas disseram à Reuters que o volume também poderia ser redirecionado para outros países com facilidade.

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