EXCLUSIVO-Vale perde prazo para garantir energia em Onça Puma, mas mantém cronograma de expansão

Publicado 30.05.2025, 09:31
Atualizado 30.05.2025, 10:36
© Reuters. Logo da Vale

Por Leticia Fucuchima e Marta Nogueira

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) -A Vale (BVMF:VALE3) teve um pedido negado para aumentar seu consumo de energia elétrica no polo de produção de níquel de Onça Puma (PA), após perder um prazo regulamentar para confirmar a solicitação, afirmou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) à Reuters.

A negativa vem enquanto a Vale se movimenta para colocar em operação um segundo forno em Onça Puma, que deverá ajudar no aumento da produção de níquel na companhia nos próximos anos.

Apesar disso, o cronograma para o início da operação do segundo forno na unidade está mantido para o segundo semestre do ano, afirmou a Vale ao ser consultada pela Reuters. A produção de níquel em Onça Puma respondeu por quase 10% do total produzido pela companhia no ano passado.

A ação da Vale na B3 (BVMF:B3SA3) caía 0,22% às 10h26, a R$53,33.

De acordo com documentos vistos pela Reuters, a mineradora entrou com pedido para ampliar os montantes de uso do sistema de transmissão (Must) para 200 megawatts (MW) em Onça Puma no fim de 2023, prevendo naquela época entrada em operação em janeiro de 2025.

O ONS emitiu pareceres atestando a viabilidade do aumento de consumo de energia para o projeto ao longo do ano passado, mas a Vale não assinou o contrato de uso do sistema de transmissão (Cust) no prazo estipulado, nem deu qualquer retorno formal sobre o trâmite, segundo o órgão do setor elétrico.

Um novo pedido foi feito pela Vale ao ONS em fevereiro deste ano, indicando o mês de junho como data para início do consumo de energia.

"No entanto, ao realizar novas análises, o ONS apontou que não havia mais margem para atender à solicitação da empresa. A margem que havia sido disponibilizada anteriormente ao projeto Onça Puma... acabou sendo direcionada a outro projeto da fila de acesso", explicou.

Procurada, a mineradora afirmou que avalia junto ao ONS "alternativas técnicas que viabilizem a emissão do parecer referente à expansão das operações em Onça Puma".

A Vale afirmou ainda que espera ter uma resolução sobre este tema em breve, e que mantém a previsão de início da operação do segundo forno para o segundo semestre de 2025.

A empresa produz níquel em Onça Puma com uma linha de forno elétrico e duas linhas de fornos calcinador e rotativo, com capacidade nominal estimada em 27 mil toneladas por ano.

A companhia está em fase de implantação de um segundo forno no projeto paraense, com investimentos de US$555 milhões e início de operação.

O segundo forno deverá adicionar produção anual de 15,2 mil toneladas de níquel ao portfólio da companhia, que prevê elevar a fabricação do produto de cerca de 160 mil toneladas em 2024 para até 250 mil toneladas em 2030.

(Por Letícia Fucuchima e Marta Nogueira; edição de Roberto Samora)

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