Por Michael Elkins
Dois ex-funcionários da Tesla (SA:TSLA34)(NASDAQ:TSLA) entraram com uma ação judicial no Texas no domingo. A ação afirma que a empresa de veículos elétricos violou a legislação federal por não dar aviso prévio antes de realizar "demissões em massa". De acordo com o processo, mais de 500 funcionários foram demitidos da fábrica da Tesla em Nevada.
Os advogados do caso buscam status de ação coletiva para todos os ex-funcionários da Tesla nos Estados Unidos que foram demitidos em maio ou junho sem aviso prévio.
"A Tesla simplesmente comunicou aos funcionários que suas demissões tinham efeito imediato", afirmam os autos.
O CEO da Tesla, Elon Musk, disse no dia 2 de junho que tinha um "pressentimento super ruim" quanto à economia e que a Tesla precisava cortar cerca de 10% dos funcionários, de acordo com um e-mail interno.
Os dois funcionários que ajuizaram a ação, John Lynch e Daxton Hartsfield, foram demitidos em nos dias 10 e 15 de junho, respectivamente. Eles demandam remuneração e benefícios para um período de aviso prévio de 60 dias.
"É muito chocante que a Tesla simplesmente viole de forma flagrante a legislação trabalhista federal ao demitir tantos funcionários sem o aviso prévio necessário", disse Shannon Liss-Riordan, advogada que representa os funcionários.
Musk minimizou a ação.
"Não devemos dar muita atenção para um processo peremptório que não se sustenta", ele disse, durante o Fórum Econômico do Catar.
"Parece que qualquer coisa relacionada com a Tesla ganha muitos cliques, quer seja trivial ou significativo. Eu colocaria esse processo ao qual você está se referindo na categoria trivial".
Na semana passada, na quinta-feira, uma ação foi ajuizada contra Musk e suas empresas por alegações de fraude e violação de leis federais e estaduais contra formação de quadrilha e jogos de azar, buscando status de ação coletiva em nome de investidores de Dogecoin. Nesse mesmo dia, foi apresentada uma ação judicial contra Musk relativa a uma "cultura tóxica no ambiente de trabalho".