Investing.com - O Ibovespa ganhou fôlego nesta terça-feira e rompeu os 63 mil pontos com avanço da Petrobras (SA:PETR4), Vale (SA:VALE5) e de bancos, além de um ambiente externo favorável com bons balanços trimestrais e dados de inflação nos EUA. Às 13h, o índice avança 0,9% aos 63.225 pontos após alcançar a máxima de 64.407 nas primeiras horas do pregão.
Nos EUA o dia é positivo após com os bons resultados empresariais, que têm surpreendido o mercado. Netflix dispara 20% após ter batido as projeções de novos assinantes, enquanto o Goldman Sachs ganha 2%, após divulgar aumento de 58% no lucro e 19% na receita. Das 37 empresas do S&P 500 que divulgaram resultados hoje, 29 superaram as expectativas do mercado. Dow 30 ganha 0,4%, S&P 500 valoriza 0,6% e o Nasdaq avança 1%.
O dia no país também foi de atenção com os dados de inflação de setembro, de alta de 0,3%, dentro das expectativas que reforça a perspectiva de uma economia aquecida. O núcleo da inflação, contudo, veio a 0,1% abaixo das previsões, o que mantém o cenário de alta de juros do Fed já precificado pelo mercado.
Na Europa, o dia é de ganhos com valorização de 1,1% no DAX e 1,2% no CAC 40. FTSE 100 sobe 0,7% após a inflação ao consumidor do Reino Unido ter vindo no patamar mais forte em quase dois anos, com 1% na comparação anual.
O mercado brasileiro dispara com a valorização das commodities e o bom humor interno e externo que empurra o índice para novas máximas. Na política, os investidores estão de olho na aprovação dos destaques e emendas ao projeto que flexibilizou as regras do pré-sal retirando a obrigatoriedade de operação da Petrobras. O Congresso deverá também avaliar a concessão de crédito suplementar ao Fies e votação da LDO.
A Petrobras volta a ser destaque no Ibovespa com nova alta de 3% nesta terça-feira. A ação da companhia rompeu os R$ 17 ontem pela primeira vez em dois anos e hoje bateu na máxima de R$ 17,64 no final da manhã. Desde o pregão do dia 30 de setembro a ação da companhia soma onze altas, interrompidas por apenas um pregão de ajuste no dia 11 de outubro. Desde o início do rali aos R$ 13,43, os investidores que apostaram no papel já acumulam ganhos de 30%. Ontem, a Petrobras anunciou a venda da refinaria de Okinawa, no Japão, por US$ 129,285 milhões.
A Vale sobe quase 3% em um dia marcado pelo otimismo nos mercados mundiais. O minério de ferro fechou em leve alta no mercado spot chinês. No noticiário da companhia ainda repercute o acordo sigiloso entre o governo Michel Temer e o presidente do Bradesco (SA:BBDC4), Luiz Carlos Trabuco, que a substituição de Murilo Ferreira na presidência da mineradora será tocada profissionalmente por headhunters.
A Gerdau (SA:GGBR4) dispara 5% e lidera as altas no Ibovespa. No noticiário, funcionários da empresa mantém greve em São José dos Campos iniciada no dia 13. Segundo a Folha, a companhia investiu R$ 75 milhões para aumentar a eficiência e o lucro com a instalação de sensores e digitalização de documentos. Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) sobe 3%, Usiminas (SA:USIM5) e a CSN (SA:CSNA3) avançam 2,5%.
Os bancos operam com ganhos em movimento puxado pelo Banco do Brasil (SA:BBAS3) que avança 1%, Bradesco e o Itausa (SA:ITSA4) sobem 0,6%. O Itaú (SA:ITUB4) zerou as perdas da manhã provocadas pelo seu primeiro dia de negociação sem bonificação na razão de 10% para os detentores dos papéis no fechamento de ontem.
A Kroton (SA:KROT3) ganha 3% e o Estácio (SA:ESTC3) avança 2,4% em meio à expectativa pela aprovação no Congresso dos créditos suplementares ao Fies.
Na ponta negativa, a Qualicorp (SA:QUAL3) cede 1,5% em novo dia de baixa com os investidores precificando as dúvidas em relação ao futuro da Unimed Rio, que sofre com dívidas acumuladas nos últimos anos e passa por intervenção da ANS.
Dólar
No primeiro dia da reunião do Copom, que divulga o resultado da reunião e o valor da Selic amanhã a noite, o dólar cede 0,8% e volta à casa dos R$ 3,17.