Investing.com – O Reino Unido quer adiar a cobrança de taxas sobre os carros elétricos que exporta para a União Europeia, mas o bloco mostra indisposição para aceitar o pedido, segundo a associação de montadoras britânicas. Mesmo assim, as empresas alimentam a esperança de que será possível negociar um adiamento da tributação.
Quando o Reino Unido saiu da União Europeia, ficou acordado que, a partir de janeiro, os carros elétricos vendidos entre as regiões teriam que pagar uma taxa de 10%, que só não seria cobrada se pelo menos 45% do valor do veículo fosse feito no Reino Unido ou na União Europeia. Isso é o que se chama de “regras de origem”.
O problema é que muitas baterias dos carros elétricos vêm da China e, se essa taxa for cobrada, ficará mais caro produzir e vender carros elétricos entre o Reino Unido e a União Europeia, o que pode atrapalhar os planos das autoridades locais de reduzir a poluição atmosférica.
Diversas montadoras já avisaram que suas fábricas no Reino Unido vão perder clientes se essa taxa for cobrada.
A Stellantis (NYSE:STLA), que é uma das maiores fabricantes de carros do mundo e dona de marcas como Vauxhall, Peugeot (OTC:PUGOY), Citroen e Fiat, foi mais radical, ao dizer que pode até fechar suas fábricas britânicas, se não houver um acordo.
“Está claro que há um pouco de resistência ou cuidado em Bruxelas para aceitar essa proposta”, afirmou Mike Hawes, da SMMT.
“Isso faz sentido, porque ninguém quer cobrar taxas extras dos carros que as pessoas estão sendo incentivadas a comprar”, completou Hawes.