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FECHAMENTO: Renovação de disputa comercial derruba índices mundiais; petróleo derruba Petrobras

Publicado 12.06.2019, 17:58
Atualizado 12.06.2019, 17:58
© Reuters.

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Investing.com - A sessão desta quarta-feira ficou no vermelho nos principais mercados internacionais. A renovação de ameaças do presidente dos EUA à China contribuiu para o aumento da aversão ao risco, cuja intensidade diminuiu após dados de inflação ao consumidor nos EUA ficar abaixo do esperado, o que fortaleceu a perspectiva de cortes de juros pelo Fed.

No Brasil, o Ibovespa chegou a subir acima dos 99 mil pontos, mas retraiu com informações sobre a reforma da Previdência. Apesar de o texto ser apresentado amanhã e o presidente da Câmara Rodrigo Maia projetando votação na Comissão Especial no dia 25 e no plenário na primeira semana de julho, os investidores se decepcionaram com modificações e diminuição da economia estimada em 10 anos inicialmente proposta pelo Ministério da Economia.

O principal índice acionário brasileiro fechou em queda de 0,65% a 98.320,88 pontos, com máxima de 99.239,50 alcançada durante a manhã impulsionada pela aprovação do crédito suplementar para o governo não violar a regra de ouro nos gastos públicos e a alta do minério de ferro empurrando Vale. Além da reforma da Previdência, a reversão ocorreu com impacto da derrubada do preço do petróleo influenciando na queda de Petrobras (SA:PETR4). O volume financeiro foi R$ 28,6 bilhões, acima do médio devido ao vencimento de opções e do índice futuro, com 84,85% das ações operando no vermelho.

A Via Varejo foi uma das principais quedas do dia, com baixa de 3,20% a R$ 4,84. A varejista caiu após anúncio, por meio de fato relevante, da aprovação pelo Conselho do Grupo Pão de Açúcar (GPA) da venda de 36,27% da participação do GPA na varejista. O GPA informou que recebeu via carta de oferta de compra de, no máximo, R$ 4,75 por ação da Via Varejo do empresário Michel Klein e de grupo de investidores. A execução de compra vai ocorrer em 14 de junho entre às 10h30 e 10h45 via leilão na B3, com preço mínimo de R$ 4,75 por ação. Klein e parceiros vão apresentar uma ou mais ordens de compra dos papéis.

O dólar também foi impactado com a estimativa menor de economia em 10 anos com o parecer da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara. A moeda americana chegou a se desvalorizar em relação ao real, mas ganhou força durante a tarde e fechou em alta de 0,47% a R$ 3,8686. O dólar se fortaleceu também no exterior, com índice dólar revertendo mínima de 2 meses nos primeiros negócios do dia para encerrar em alta de 0,33% a 97.

Menor economia na Previdência

A apresentação do parecer do relator da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara provavelmente acontecerá nesta quinta-feira, mas algumas modificações serão feitas para acomodar demanda de parlamentares. Entre as mudanças estão as regras de Benefício de Prestação Continuada (BPC), aposentadoria rural e menor idade para aposentadoria de professoras.

A economia estimada em 10 anos vai ser menor comparada à proposta original do Ministério da Economia. As mudanças vão gerar uma poupança de entre R$ 850-900 bilhões em 10 anos, o que intensificou a queda do Ibovespa no dia.

Trump renova disputa comercial com China

Os principais índices de Wall Street fecharam em queda após defesa de Donald Trump sobre uso de tarifas como estratégia comercial na noite de terça-feira, com os chineses respondendo que vão retaliar se os EUA persistirem em escalar a disputa. Dow Jones caiu 0,17%, S&P 500 perdeu 0,21% e Nasdaq cedeu 0,38%.

Além disso, a expectativa é baixa para a realização de um encontro bilateral entre Trump e o líder chinês Xi Jinping na cúpula do G-20 nos próximos dias 28 e 29 de junho no Japão. O presidente americano gostaria de se encontrar com Xi e que gostaria de um acordo firmado, desde que o governo chinês aceite quatro, cinco pontos, sem revelar quais. Caso os chineses não aceitem, não hesitou em dizer que vai elevar tarifas sobre produtos chineses que não foram alvo da disputa comercial.

Inflação nos EUA fortalece perspectiva de queda de juros

A intensidade da perda só não foi maior devido aos dados de inflação ao consumidor em maio divulgados hoje nos EUA. A variação mensal veio dentro da expectativa, com desaceleração de alta de 0,3% para 0,1%, mas a variação anual de 1,8% ficou abaixo do consenso de 1,9%, além de apontar uma desaceleração de uma alta anual de 1,9% em abril.

Os dados inflacionários aumentaram a perspectiva dos investidores de afrouxamento monetário pelo Fed em breve. De acordo com Monitor da Taxa de Juros do Fed do Investing.com, a probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual na reunião de julho é de 84,8%, enquanto a possibilidade de um segundo corte na reunião seguinte em setembro é de 57,9%. Os juros atualmente estão no intervalo entre 2,25-2,5% e a próxima reunião de política monetária ocorre na quarta-feira (19) da semana que vem.

Estoque americano de petróleo derruba preços

O aumento de 2,21 milhões de barris no estoque americano de petróleo bruto na semana encerrada no dia 7 de junho, somando-se à alta de 6,77 milhões de barris armazenados na semana anterior, derrubou a cotação internacional do petróleo, impactando negativamente os papéis da Petrobras no Ibovespa.

O WTI, negociado em Nova York, despencou 4,09% a US$ 51,09. Já o Brent, referência mundial cotado em Londres, perdeu 3,89% a US% 59,87. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) seguiram o tombo e fecharam com baixa de 1,14% a R$ 26,85.

Ações

- BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) recuou 0,9%, também pesando no Ibovespa, tendo de pano de fundo comentários do ministro da Fazenda, de que, além da Caixa Econômica Federal, mais bancos públicos trabalham para honrar compromissos com a União. No setor, BRADESCO PN (SA:BBDC4) caiu 1,1% e ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) cedeu 0,6%, em linha com seus pares nas bolsas dos EUA.

-CSN fechou em baixa de 5,6%, maior queda do Ibovespa. Analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) cortaram a recomendação para as ações para 'equal-weight'. USIMINAS (SA:USIM5), que também teve recomendação reduzida pelos analistas do banco para 'equal-weight', perdeu 2,3%. GERDAU PN (SA:GGBR4), que continuou com 'overweight', recuou 0,75%

- VALE (SA:VALE3) teve alta de 0,1%, apesar de futuros do minério de ferro na China ampliarem a alta para níveis recordes nesta quarta-feira.

-GPA encerrou com variação positiva de apenas 0,4%, longe da máxima do dia, quando avançou 3,76%. O conselho de administração do grupo aprovou a venda da sua participação na Via Varejo (SA:VVAR3) por pelo menos 2,23 bilhões de reais, em leilão marcado para o próximo dia 14. A decisão ocorreu após o acionista Michael Klein prometer adquirir todas as ações da Via Varejo detidas pelo GPA (SA:PCAR4) pelo preço máximo de 4,75 reais por papel no caso de leilão. VIA VAREJO caiu 3,2%.

- MAGAZINE LUIZA caiu 1,96%, tendo no radar que o Grupo SBF, operadora das lojas Centauro no Brasil, aumentou sua oferta para a varejista online de esportes Netshoes (NYSE:NETS) para 3,70 dólares por ação, nova investida para tentar superar a concorrente Magazine Luiza (SA:MGLU3). Em Nova York, NETSHOES disparou 13%.

- RD (SA:RADL3) valorizou-se 1,5%, entre as maiores altas da sessão, encerrando o quinto pregão consecutivo no azul, o que levou a cotação para o maior patamar de fechamento desde setembro de 2018.

*Reuters contribuiu com essa matéria

Últimos comentários

O Brasil continua um lixo, quanto mais retrai, mais o indice sobe hahaha
q porra de cortes de juros pelo Fed , não acontecerá em julho pois até lá será feito o acordo fake com a China...e tudo voltará ao normal só gado trouxa acredita nisso...
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