Investing.com - As exportadoras de papel e celulose Fibria (SA:FIBR3) e Suzano (SA:SUZB5) operam com sinal de realização após a forte alta com a possibilidade de uma fusão entre as empresas.
A Suzano recua 2,5% para ser negociada a R$ 16,65 devolvendo parte dos quase 5% de valorização desde a notícia de que o presidente da empresa seria favorável a uma fusão com sua concorrente.
Ontem o papel devolveu todos os ganhos e encerrou o pregão estável a R$ 17,10, depois de tocar na máxima de 20 meses no intraday de R$ 17,92.
A Fibria recua 1,3% e põe fim à disparada de 6% nos últimos dois pregões. Ontem, o papel tocou em R$ 39,58, maior patamar desde março de 2016, antes de perder força e encerrar o dia a R$ 38,60 (+1%).
Ontem a Suzano anunciou aumento no preço da celulose a partir de 1 de setembro, acompanhando movimento semelhante já adotado pela Fibria na semana passada. A Suzano vai elevar os preços para US$ 1.100 a tonelada na América do Norte, US$ 910 a tonelada na Europa e US$ 720 a tonelada na Ásia.
Na quarta-feira, notícia do Valor Econômico de trouxe a fala do presidente da Suzano, Walter Schalka, que se mostrou favorável à fusão com a Fibria. “Minha opinião é que a fusão com a Fibria cria valor e os acionistas da Suzano têm posição pró geração de valor. A Suzano está pronta para discutir eventual operação", informou o jornal.
Já o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, foi menos direto ao dizer que quatro seria um número ideal de concorrentes globais em um ambiente de estabilidade de preços da fibra.
A discussão sobre uma possível fusão entre as duas gigantes do setor vêm em meio ao processo de venda da Eldorado, produtora do grupo J&F. Segundo o Valor, além da chilena Arauco, a Asia Pulp & Paper conversa com sobre uma possível aquisição da empresa.