Investing.com — Os fundos de ações dos EUA registraram sua primeira entrada em cinco semanas, enquanto os fundos do mercado monetário viram saídas consideráveis, sugerindo uma mudança para ativos de maior risco entre os investidores.
De acordo com o Bank of America (NYSE:BAC), os fundos de ações globais captaram US$ 25,2 bilhões na semana até 14 de maio, enquanto os fundos de títulos atraíram US$ 13,1 bilhões e os fundos de criptomoedas viram entradas de US$ 900 milhões. Em contraste, US$ 400 milhões saíram dos fundos de ouro, e US$ 17,5 bilhões deixaram o caixa.
Os fluxos para crédito foram particularmente fortes, com títulos de grau de investimento e de alto rendimento atraindo um total de US$ 8,6 bilhões — o maior em 10 semanas. A dívida de mercados emergentes também registrou sua maior entrada desde janeiro de 2023, com US$ 1,5 bilhão.
Por setor, as ações financeiras receberam US$ 1 bilhão, marcando sua primeira entrada em sete semanas.
Dentro das ações americanas, as large caps dominaram com entradas de US$ 18,2 bilhões, colocando-as no caminho para um recorde de US$ 521 bilhões em 2025.
As small caps, apesar de US$ 0,6 bilhão em entradas semanais, continuam a caminho de uma saída recorde de US$ 68 bilhões este ano.
As ações do setor imobiliário também enfrentam saídas anuais recordes de US$ 25 bilhões.
Por outro lado, o ouro está a caminho de uma entrada recorde de US$ 85 bilhões no acumulado do ano.
Estrategistas liderados por Michael Hartnett alertaram que os mercados de ações globais estão se aproximando de condições de sobrecompra. "Atualmente, 84% dos índices MSCI estão negociando acima das médias móveis de 50 e 200 dias", observou a equipe.
A equipe aponta para sua Regra de Amplitude Global, que aconselha vender quando mais de 88% dos índices excederem ambas as médias móveis. "Um bom lembrete para ’vender na alta’", acrescentaram.
Hartnett destacou três níveis-chave de mercado que atualmente orientam o sentimento dos investidores: o rendimento do Tesouro americano de 30 anos a 5%, o índice do dólar americano (DXY) a 100, e o Índice de Semicondutores da Filadélfia (SOX) a 5000.
No que chamam de "História da Fita", a equipe adverte que outro período de rendimentos crescentes e um dólar mais fraco — potencialmente desencadeado se o presidente dos EUA, Donald Trump, "perder o controle do longo prazo" — poderia provocar uma venda de ações. Ainda assim, eles acreditam que o rendimento do Tesouro de 30 anos manterá o nível de 5% "por enquanto".
Hartnett comparou o cenário macro atual ao início dos anos 1970, um período marcado por mudanças geopolíticas, experimentação fiscal e desempenho altamente seletivo das ações.
"Apesar dos grandes avanços tecnológicos, o macro e os mercados no início dos anos 70 eram todos de ’boom e quebra’, ’para e vai’", escreveu, acrescentando que as "7 Magníficas" de hoje estão espelhando o desempenho superior das "Nifty Fifty" daquela época.
Em renda fixa, as entradas foram amplas na semana passada. Os títulos de grau de investimento captaram US$ 4,9 bilhões e os títulos de alto rendimento US$ 3,6 bilhões, ambos registrando sua terceira semana consecutiva de ganhos.
A dívida de mercados emergentes estendeu sua sequência de entradas para quatro semanas, enquanto os fundos de títulos municipais adicionaram US$ 800 milhões. Os fundos do Tesouro, no entanto, viram novas saídas de US$ 700 milhões.
Por região, os fundos de ações dos EUA lideraram com entradas de US$ 19,8 bilhões, seguidos pela Europa com US$ 2,7 bilhões e Japão com US$ 800 milhões. As ações de mercados emergentes registraram uma terceira semana de saídas, totalizando US$ 3,3 bilhões.
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